MP denuncia Lucas Bove e pede prisão preventiva por descumprimento de medidas protetivas


O Ministério Público de São Paulo denunciou, na quinta-feira, 23, o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL) por perseguição, violência psicológica, violência física e ameaça contra a ex-mulher Cíntia Chagas. O caso corre sob segredo de Justiça. O parlamentar nega.

A promotora Fernanda Raspantini Pellegrino pediu à Justiça que o parlamentar seja preso preventivamente por supostos reiterados descumprimentos de medidas protetivas concedidas à influenciadora digital. O MP confirma que a denúncia foi apresentada na quinta.

Em nota, Cíntia diz que recebe a decisão “com serenidade e inabalável confiança na Justiça”.

“Trata-se de um homem público, e é moralmente inaceitável que agressores de mulheres permaneçam investidos em funções de poder. A violência contra a mulher não se circunscreve à esfera privada: constitui crime e afronta à dignidade humana. Que a lei siga o seu curso e que, como sempre, a verdade prevaleça. A todas as mulheres que enfrentam a violência, deixo uma mensagem: não se calem. O silêncio protege o agressor”, escreveu.

Em 4 de setembro do ano passado, Cíntia registrou um boletim de ocorrência acusando o ex-marido de violência psicológica e ameaça. Ela relatou que estava em um relacionamento abusivo, que sofria com ciúmes, possessividade e controle do deputado estadual do PL.

Em uma publicação no Instagram à época, Bove negou qualquer agressão contra a ex-mulher. “Hoje meu coração está ferido, jamais esperava isso de quem tanto amei e cuidei. Para começar: eu jamais encostaria a mão para agredir uma mulher”, disse o deputado na postagem.

Na quinta, o deputado voltou a se pronunciar nas redes sociais e afirmou que o Ministério Público pediu sua prisão “por ele responder a uma pergunta sobre fatos públicos”. Disse que há laudos e depoimentos que indicam ausência de dano psicológico e acusou a ex-esposa de violar o segredo de Justiça.

“Eu, na qualidade de deputado sob a qual estou fazendo estas postagens, sinto vergonha em nome das milhares de vítimas reais de violência que muitas vezes deixam de denunciar justamente pela descredibilização que as falsas denúncias trazem à causa”, escreveu.

E acrescentou: “Estou em paz, pois, além de ter a consciência limpa, confio na Justiça e tenho fé que a juíza será justa ao analisar tanto o pedido de prisão quanto a única narrativa que permaneceu de pé (violência psicológica).”



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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