Motta diz que apresentará projeto em parceria com Alcolumbre para mudar segurança do Congresso

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse, nesta quinta-feira, 30, que pretende – ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AL) – reformular a estrutura de segurança e acesso ao Congresso Nacional.

Os chefes das duas Casas dizem que há preocupações de parlamentares e funcionários com a segurança. As mudanças serão apresentadas até o final deste ano, em texto que está sendo elaborado pelos setores de engenharia e segurança do Legislativo.

Na quarta-feira, 29, Motta relatou que a Câmara barrou a entrada de estudantes que visitaram a Casa com um canivete e uma máquina de choque. “Isso nos preocupou bastante”, disse.

No final do ano passado, um homem foi preso na Câmara após tentar entrar nas dependências da Casa com 30 munições para pistola.

Um mês antes desse incidente, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, realizou um ataque suicida com uma bomba na frente do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Horas antes desse ataque, Tiü França visitou o prédio da Câmara.

Motta também manifestou preocupação com o crescimento do radicalismo no Brasil. “Temos vivido tempos de muito radicalismo, incidentes que têm se repetido”, afirmou.

Ainda na noite desta quarta, Motta conversou com Alcolumbre para planejar mudanças na estrutura da segurança. Alcolumbre manifestou o desejo de fazer a alteração.

“Está na hora de debatermos esse aparato da infraestrutura do Congresso para reorganizarmos a entrada e chegada das pessoas nas duas rampas da chapelaria. Já houve o episódio em que uma pessoa tentou invadir o Congresso com um veículo”, declarou Alcolumbre durante sessão.

Ele citou tecnologias como reconhecimento facial, controles maiores de fluxo na chapelaria (entrada principal do Congresso) e melhoria dos equipamentos de raio-x. “O que mais tiver de mais moderno. Vamos iniciar esse estudo. (…) Vamos envolver todos os órgãos de patrimônio, Iphan, engenharia, arquitetura das duas Casas”, disse.

Alcolumbre também criticou as ofensas ao senador Eduardo Braga (MDB-AM) nos corredores do Senado. Braga foi abordado por um homem que criticava seu relatório à medida provisória 1.304/2025, com mudanças no setor elétrico. Durante a abordagem, o homem colocou o celular no rosto de Braga e afirmou que as mudanças fariam pessoas perderem o emprego.

Alcolumbre chamou o episódio de “ato covarde”. Motta também lamentou o incidente, que disse ser inadmissível.

Em sessão da Câmara na manhã desta quinta-feira, a Casa aprovou um projeto de resolução que atualiza as atribuições do Departamento de Polícia Legislativa Federal da Câmara e ordena as etapas de concurso público na carreira de policial legislativo.



Por: Estadão Conteúdo

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