Motta afirma que, se os juros estivéssem mais baixos, o Brasil ‘estaria voando’


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Brasil “estaria voando”, se os juros fossem mais baixos e que o dólar estaria mais baixo se houvesse uma preocupação maior do governo com o corte de gastos.

“Se estivéssemos com os juros mais baixos, o Brasil estaria voando, porque temos um cenário que é favorável para nós … Se tivéssemos, na condução da política econômica, uma preocupação com gasto, não tenho dúvida que o dólar estaria bem mais baixo, teríamos condição de crescer até mais do que vamos crescer”, declarou Motta, durante a conferência Macro Day, realizada pelo banco BTG Pactual, nesta segunda-feira, 22, em São Paulo.

Motta disse que o Congresso está disposto a debater os gastos públicos e que é necessário ver a condição política sobre o tamanho dos cortes. Disse, porém, que o governo não é conhecido por querer cortar despesas.

“O corte de gastos não é o forte da política do governo. Isso está muito claro. O governo sempre procurou recompor a arrecadação aumentando a sua faixa de arrecadação, subindo alguns tributos”, falou.

Motta afirmou também que o Brasil terá de discutir as despesas obrigatórias, sob o risco de afetar o próximo presidente. “Caminhamos, se algo não for feito, para quem vier a ser o próximo presidente da República, inclusive podendo ser com a possibilidade de reeleição de Lula, quase uma exigência que ele possa fazer uma rediscussão das despesas obrigatórias, porque elas têm crescido exponencialmente e tem imprensado muito o que é discricionário. Daqui a pouco, o presidente da República não pode instituir nenhuma política pública nova, porque não tem orçamento”, falou.

Emendas

Hugo Motta também defendeu as emendas parlamentares e voltou a condicionar o corte dos recursos dos parlamentares ao corte de despesas do Judiciário e do Executivo. “As emendas cresceram, o orçamento do País também cresceu. Se for para ter uma discussão geral sobre cortes, cortar do Judiciário e Executivo, também se pode cortar orçamento do Legislativo. Não tenho preconceito com isso”, afirmou.

Motta minimizou as irregularidades com parte dos repasses: “Tem problemas com emendas? Tem. Como tem em todos os lugares. Não pode generalizar, porque tem um parlamentar que comete um malfeito, que os outros 512 fazem isso”, falou.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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