Morre o físico chinês Chen Ning Yang, vencedor do Prêmio Nobel, aos 103 anos


Por Redação O Estado de S. Paulo – 18/10/2025 12:15

O físico chinês Chen Ning Yang, vencedor do Prêmio Nobel e um dos cientistas mais influentes da física moderna, morreu em Pequim no sábado, 17. Ele tinha 103 anos.

A prestigiada Universidade Tsinghua, onde ele estudou e serviu como professor, disse em um comunicado que Yang morreu de uma doença, sem fornecer mais detalhes. “O Professor Yang é um dos maiores físicos do século 20, tendo feito contribuições revolucionárias para o desenvolvimento da física moderna”, disse o comunicado, elogiando sua contribuição para o desenvolvimento científico e educacional da China.

Yang ganhou o Prêmio Nobel em 1957 com Tsung-Dao Lee por sua investigação das chamadas leis da paridade, que levaram a “descobertas importantes sobre as partículas elementares”, de acordo com o site do Prêmio Nobel. Eles foram os primeiros chineses nascidos na China a ganhar o Prêmio Nobel de Física.

Em seu discurso no Banquete do Nobel na época, ele disse que tinha tanto orgulho de sua herança chinesa quanto era dedicado à ciência moderna, uma parte da civilização humana de origem ocidental. “Estou sobrecarregado com a consciência do fato de que sou, em mais de um sentido, um produto das culturas chinesa e ocidental, em harmonia e em conflito”, de acordo com seu discurso, compartilhado no site do Prêmio Nobel.

Yang, também conhecido como Frank ou Franklin, também foi famoso por sua teoria de Yang-Mills, desenvolvida com o físico americano Robert Mills. Nascido em 1922, Yang foi criado no campus de Tsinghua, onde seu pai era professor de matemática, segundo o site. Após concluir sua graduação, ele obteve seu mestrado em Tsinghua. Ele se matriculou na Universidade de Chicago nos Estados Unidos para fazer um doutorado em 1946 e foi fortemente influenciado pelo físico ítalo-americano Enrico Fermi, que ganhou o mesmo Prêmio Nobel em 1938, disse o site.

Mais tarde, ele se tornou professor no Instituto de Estudos Avançados em Princeton. Em 1986, ele se tornou Professor Emérito Geral na Universidade Chinesa de Hong Kong, para a qual doou generosamente muitos de seus prêmios e artigos, incluindo o Prêmio Nobel. A partir de 1999, ele serviu como professor em Tsinghua.

De acordo com um relatório de 2017 da agência de notícias oficial da China, Xinhua, Yang obteve a cidadania americana. Ele disse na época que foi uma decisão dolorosa, uma pela qual seu pai não o havia perdoado. Ele renunciou à sua cidadania americana em 2015, dizendo que era um belo país que lhe deu boas oportunidades no estudo da ciência, disse o relatório. O site do Prêmio Nobel disse que Yang teve três filhos



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Presidente do PSDB no Ceará anuncia filiação de Ciro Gomes ao partido: ‘futuro governador’

O presidente do diretório do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, anunciou a filiação do ex-governador…

39 minutos ago

Barcelona vence o Girona com gol ‘chorado’ nos acréscimos e dorme na liderança de La Liga

O Barcelona precisou de emoção até os últimos segundos para conquistar mais três pontos em…

48 minutos ago

‘Temos que nos rebelar para mudar essa situação’, diz Lula sobre concentração de riqueza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou neste sábado, 18, reação popular contra um…

49 minutos ago

Haaland marca pelo 10º jogo seguido, Manchester City derrota o Everton e pressiona os líderes

Aos 25 anos, Erling Haaland atravessa um dos melhores momentos da carreira. Neste sábado, o…

1 hora ago

Em volta de viagem de Alckmin à Índia, Lula cita abertura de escritório da Embraer no país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a missão à Índia de seu vice,…

2 horas ago

Lula diz que é precisamo aprovar a universalização do pé-de-meia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a "universalização" do programa Pé-de-Meia e…

2 horas ago

This website uses cookies.