O Ministério da Saúde anunciou na noite de segunda-feira, 21, que está investigando dois casos suspeitos de sarampo na cidade de Campos Lindos, no Tocantins. Os pacientes tiveram contato com pessoas que estiveram na Bolívia, País que enfrenta um surto da doença.
Uma equipe técnica foi enviada para apoiar o monitoramento dos possíveis contatos e reforçar a vacinação na região. As amostras clínicas foram coletadas e estão em análise.
Neste ano, o Brasil registrou cinco casos esporádicos de sarampo: dois no Rio de Janeiro, um no Rio Grande do Sul, um em São Paulo e um no Distrito Federal. Apesar desses episódios, o País mantém o status de livre da circulação do vírus, certificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2024.
Esses casos, embora isolados, acendem um sinal de alerta. “Devido à situação epidemiológica do sarampo em outros países, casos esporádicos no Brasil podem ocorrer e devem ser imediatamente investigados, com as medidas de bloqueio realizadas o mais precocemente possível”, afirma o Ministério da Saúde.
Na região das Américas, em 2025, foram confirmados 7.132 casos e 13 óbitos: 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, 5 no Brasil, 3.170 no Canadá (incluindo 1 óbito), 1 na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos (incluindo 3 óbitos), 2.597 no México (incluindo 9 óbitos) e 4 no Peru.
Em resposta, no dia 26 de julho, o Ministério da Saúde vai promover um “Dia D” para reforçar a vacinação contra o sarampo em áreas de fronteira com a Bolívia e outras regiões estratégicas. A ação já aconteceu no Acre e, agora, será realizada em Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Vacinação
O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, caracterizada por febre, exantema, tosse, coriza e conjuntivite.
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa infectada pode transmitir o vírus para até 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
Por isso, a vacinação é a melhor estratégia preventiva. O imunizante tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível nas unidades básicas de saúde (UBS).
Na rotina dos serviços, todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade têm indicação para serem vacinadas. Quem nunca tomou a vacina ou não lembra se completou o esquema vacinal de duas doses deve procurar a UBS mais próxima.
Por: Estadão Conteúdo