‘Mães de bebê reborn não têm direito ao banco preferencial’


Em meio à polêmica da popularização dos bebês reborn (bonecas hiper-realistas que imitam recém nascidos) entre adultos, a prefeitura de Curitiba emitiu um comunicado bem-humorado em seu perfil oficial no Instagram alertando que carregar o brinquedo não dá direito a assento preferencial no transporte público.

“Mães de bebê reborn não têm direito ao banco preferencial”, escreveu a prefeitura. “A gente entende o apego, mas os bancos preferenciais são para públicos prioritários: obesos, crianças de colo, gestantes, idosos, pessoas com deficiência e pessoas do espectro autista. Os reborns são fofos, mas não garantem lugar no amarelinho, tá?”

Nas últimas semanas, vídeos publicados no TikTok e no Instagram com adultos tratando bebês reborn como crianças de verdade, agendando consultas médicas, dando mamadeira, trocando de roupa, levando para passear e até tentando usar assento e filas preferenciais, têm viralizado.

A reportagem não conseguiu confirmar se os casos são reais ou apenas encenações para as redes. Mesmo assim, internautas têm tido discussões acaloradas sobre o tema. De um lado, há quem questione a sanidade dos adultos que supostamente têm tratado as bonecas como filhos “de verdade”. Já outros apontam um suposto viés machista nos argumentos.

“Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do Superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”, escreveu um usuário do X.

A polêmica chegou até o Congresso Nacional e motivou a elaboração de novo projeto de Lei, apresentado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 15. O texto, que ainda será discutido pelos parlamentares, prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar conseguir, utilizando bebês reborn, qualquer tipo de benefício, prioridade ou atendimento previsto para bebês de colo.

À Câmera Municipal de São Paulo também foi apresentado um projeto de lei sobre o tema, mas para tratar especificamente do Sistema Único de Saúde (SUS), proibindo que bonecas sejam incluídas no processo de atendimento.

Já no Rio de Janeiro, um PL de 2023 aguarda sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes (PSD) para a criação de um “Dia da Cegonha Reborn”, em homenagem às artesãs que confeccionam as bonecas.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

6 dicas essenciais para famílias que pensam em adotar um pet

Outubro é o mês das crianças e um período em que muitos adultos se empolgam…

5 minutos ago

Brasil conhece adversários no Pré-Mundial Feminino de basquete

A seleção brasileira feminina de basquete já sabe quais serão seus adversários nas Eliminatórias da…

7 minutos ago

Ibovespa segue em correção e retorna a nível do início de setembro, aos 141 mil

O Ibovespa emendou um segundo dia de correção, nesta terça-feira, 7, em grau mais intenso,…

9 minutos ago

Bolsonaristas fazem ato por anistia na Esplanada dos Ministérios

Grupo de bolsonaristas deram início na tarde desta terça-feira, 7, a um ato em defesa…

12 minutos ago

Após retirar tumor no cérebro, filho de Wesley Safadão aparece nas redes sociais

Yudhy Lima, filho de Wesley Safadão e Mileide Mihaile, reapareceu nas redes sociais nesta segunda-feira,…

13 minutos ago

calendário seguirá seu caminho, com aval do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 7, que os presidentes da Câmara,…

22 minutos ago

This website uses cookies.