liberal tem menos de um ponto de vantagem, mostra boca de urna


Por Redação, O Estado de S. Paulo – 01/06/2025 17:53

O liberal Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia, pode vencer as eleições presidenciais da Polônia, realizadas neste domingo, 1º, por uma margem mínima. Ele teria 50,3% dos votos, enquanto o nacionalista Karol Nawrocki ficaria com 49,7%, indica a boca de urna.

A margem de erro da pesquisa Ipsos, de dois pontos percentuais, é maior que a diferença entre os candidatos, de 0,6 ponto. Os resultados oficiais só devem ser divulgados na segunda-feira.

Enquanto a comissão eleitoral não divulga a contagem final dos votos, os dois lados dizem ter vencido. “Nós vencemos”, disse Trzaskowski aos apoiadores que gritavam seu nome em evento em Varsóvia após a votação.

“Esses resultados mostram o quão incrivelmente acirradas foram as eleições. E acredito que a primeira tarefa do presidente será estender a mão àqueles que não votaram em mim”, seguiu.

Por sua vez, Nawrocki afirmou a seus apoiadores que foi o vencedor. “Esta noite vamos vencer. Vamos vencer e vamos salvar a Polônia”, declarou.

A disputa acirrada pode ter consequências além da Polônia, que é membro da União Europeia e da Otan e faz fronteira com a Ucrânia.

O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, de 53 anos, pró-europeu e aliado do governo centrista, enfrentou o historiador nacionalista Karol Nawrocki, de 42 anos, em segundo turno realizado neste domingo.

Na Polônia, o presidente tem o poder de vetar leis, além de ser o comandante em chefe das Forças Armadas. Se confirmada, a vitória de Trzaskowski daria impulso para a agenda progressista do primeiro-ministro Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu.

Por outro lado, a vitória de Nawrocki fortaleceria o partido populista Lei e Justiça (PiS), que governou o país de 2015 a 2023, e poderia levar a novas eleições parlamentares.

Apoiadores do nacionalista querem controles migratórios mais rígidos, defendem valores conservadores e maior independência em relação à União Europeia. “Não devemos ceder à pressão europeia”, disse a dona de casa Agnieszka Prokopiuk, de 40 anos, antes da votação.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou o candidato nacionalista e sugeriu a possibilidade de laços militares mais estreitos se os poloneses escolhessem Nawrocki em vez de Rafal Trzaskowski.

Os apoiadores de Trzaskowski argumentam que um líder pró-europeu melhoraria a posição global da Polônia em um momento de guerra na Europa.

O prefeito de Varsóvia é um aliado próximo do primeiro-ministro Donald Tusk. Vice-líder da Plataforma Cívica, partido pró-União Europeia, ele tem se destacado na política nacional há anos e disputa a presidência pela segunda vez, depois de perder por uma pequena margem para o conservador Andrzej Duda, que está encerrando o seu segundo mandato.

Os apoiadores creditam a ele a modernização de Varsóvia por meio de infraestrutura, expansão do transporte público e investimentos culturais. Ele é amplamente visto como pró-europeu, pragmático e focado em alinhar a Polônia mais estreitamente com as normas da UE, especialmente em relação à governança democrática e à independência judicial.

Fluente em várias línguas estrangeiras, incluindo inglês e francês, ele é ridicularizado por seus oponentes, que veem essas habilidades como um sinal de elitismo e o provocam com o apelido de “Bonjour” em comícios da direita.

Críticos o acusam de estar disposto a “vender a soberania da Polônia à UE” e abraçar políticas econômicas verdes, que eles acreditam serem prejudiciais à tradicional dependência da Polônia do carvão como fonte de energia.

O apoio aberto aos direitos LGBTQ+ e as aparições em paradas do Orgulho Gay fizeram dele uma figura polêmica em áreas conservadoras e rurais. Os críticos conservadores dizem que ele está desconectado dos valores tradicionais poloneses e que seu governo administrou mal aspectos do mercado imobiliário e do orçamento de Varsóvia.

Trzaskowski enquadrou a eleição como uma escolha entre um futuro europeu e o nacionalismo autoritário. Sua campanha enfatizou as instituições democráticas, a cooperação com a UE e os direitos das mulheres, mensagens que ressoam mais nas cidades do que nas áreas rurais. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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