Justiça determina suspensão de investigação contra Samir Xaud, presidente da CBF


O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) decidiu suspender as investigações envolvendo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, ao conceder, nesta quinta-feira, habeas corpus em favor do dirigente.

As investigações estão suspensas até o julgamento final do processo. Xaud foi um dos alvos da Operação Caixa Preta, deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira para investigar crimes eleitorais. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão cumpridos em Roraima e no Rio de Janeiro, um deles na sede da CBF.

Em sua decisão, o desembargador Jésus Nascimento sustentou que não há elementos concretos que conectem o presidente da CBF à prática de crimes eleitorais.

“No caso em análise, verifica-se, em juízo de cognição sumária, a presença de elementos que evidenciam a plausibilidade do direito invocado, notadamente ao analisar o conjunto probatório apresentado nestes autos, pois não restaram demonstrados elementos concretos de autoria e materialidade delitiva capazes de associar a participação do paciente na prática de crime eleitoral”, afirmou o desembargador.

Responsável pelo pedido de habeas corpus, a defesa de Xaud, liderada pelo advogado Rafael de Alencar Carneiro, sustentou que o cartola sofreu “grave constrangimento ilegal” devido à busca e apreensão realizada na sede da CBF.

Xaud estava sendo investigado por ter sido vinculado à deputada Helena Lima, do MDB, e ao seu marido Renildo Lima, apontados como figuras centrais em um possível esquema de crime de compra de votos em Roraima, de acordo com a investigação da Polícia Federal.

Xaud é filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mesmo partido de Helena. Em 2022, concorreu a deputado federal pela sigla, com o apoio do ex-senador Romero Jucá. Teve 4.816 votos e não se elegeu. Terminou como primeiro suplente da coligação emedebista. Antes, em 2018, tentou uma vaga de deputado estadual pelo PV, também sem sucesso.

O presidente da CBF era acusado, conforme a PF, de associação ao esquema com base em declarações em áudio encaminhado por Renildo a um candidato a vereador, no qual Samir é citado como parte do núcleo político do grupo.

“Agora nós estamos mais fortes, graças a Deus, porque eu e Helena tivemos o cuidado de colocar nas superintendências políticos que já foram testados nas urnas e bem votados, por exemplo, o Samir teve 5000 votos, então o pedido dele, pelo menos 500 ele consegue”, afirma Renildo no áudio.

Xaud se pronunciou por meio de nota enviada pela CBF. “Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro”, declarou.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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