Itália vota em referendo que pode reduzir tempo de espera na lei de cidadania para imigrantes


Os italianos começaram a votar neste domingo (8) em referendos que propõem mudanças na legislação de cidadania para filhos de imigrantes nascidos no país e ampliam garantias trabalhistas. A baixa participação do eleitorado, no entanto, ameaça invalidar os plebiscitos, que exigem quórum de mais da metade dos eleitores para terem validade.

As consultas populares se estendem até segunda-feira, 9, e, segundo dados do Ministério do Interior da Itália divulgados na tarde deste domingo, a participação nacional era de 15,9%, abaixo dos 30,3% registrados no mesmo horário no último referendo comparável, em 2011.

A proposta sobre cidadania busca facilitar o acesso ao documento para filhos de estrangeiros não pertencentes à União Europeia nascidos em solo italiano, reduzindo de dez para cinco anos o tempo mínimo de residência exigido. Segundo estimativas, a medida pode beneficiar cerca de 2,5 milhões de pessoas.

As propostas foram apresentadas por centrais sindicais e partidos de oposição de esquerda. A primeira-ministra Giorgia Meloni disse que compareceria à votação, mas sem depositar o voto, gesto criticado pela oposição como antidemocrático, já que contribui para a abstenção.

Entre os argumentos favoráveis à reforma da cidadania está o de alinhar a legislação italiana a normas de outros países europeus, promovendo a integração social e o acesso a direitos civis e políticos, como o voto, a candidatura a cargos públicos e a mobilidade dentro da UE. Ativistas dizem que a burocracia atual marginaliza jovens nascidos e crescidos na Itália.

A campanha também recebeu críticas pela ausência de debate público. Segundo opositores, o governo tentou reduzir a visibilidade do tema. Em maio, a agência reguladora AGCOM apresentou queixa contra a emissora estatal RAI e outros veículos por não oferecerem cobertura equilibrada.

Outros quatro referendos em votação neste fim de semana tratam da reversão de reformas trabalhistas aprovadas há uma década, dificultando demissões e aumentando indenizações para trabalhadores de pequenas empresas. Uma das propostas prevê ainda a responsabilização solidária de contratantes e subcontratados por acidentes de trabalho.

Pesquisas divulgadas em maio indicavam que apenas 46% dos eleitores conheciam o conteúdo das propostas, e estimativas apontavam para comparecimento de cerca de 35%, abaixo dos 50% exigidos. Apesar do risco de fracasso, analistas apontam que a oposição pode tentar reivindicar vitória simbólica se o total de votos superar os 12,3 milhões recebidos pela coalizão de direita nas eleições gerais de 2022.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Brasif Leblon faz parceria com Hitachi Construction Machinery para vender equipamentos pesados

A Brasif Leblon Fundo de Investimentos, veículo de investimentos das Empresas Brasif, anunciou uma parceria…

2 minutos ago

Dupla de Luisa Stefani dá adeus a Wuhan, mas segue no top 8 do Finals

Esta quarta-feira (8) foi de despedida precoce da dupla da paulista Luisa Stefani do WTA…

8 minutos ago

Em breve, teremos maior programa de investimento da história da empresa, diz diretor da Light

O diretor presidente da Light, Alexandre Nogueira, ressaltou hoje (8) que a transformação operacional da…

10 minutos ago

4 filmes e séries para incluir na rotina de estudos para os vestibulares

A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os vestibulares exige dedicação,…

19 minutos ago

Jogos Universitários Brasileiros abrem espaço para o Outubro Rosa

A conscientização sobre o diagnóstico e o tratamento precoce do câncer de mama foram temas…

21 minutos ago

STF decide contra seguradoras em ação sobre reajuste por idade em planos de saúde

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Estatuto do Idoso, que proíbe o reajuste…

24 minutos ago

This website uses cookies.