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Irã contabiliza 40 mortos e mil feridos na explosão em porto no sábado


O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, visitou neste domingo, 27, feridos na explosão no porto de Shahid Rajaei, próximo a Bandar Abbas, no sul do país no sábado, 26. Segundo autoridades locais, o número de mortos subiu para 40 e cerca de 1.000 pessoas ficaram feridas. Desse total, 190 ainda permanecem hospitalizadas. A explosão ocorreu em uma área que, segundo empresas de segurança, estaria ligada ao armazenamento de perclorato de amônio importado da China, composto químico usado na fabricação de combustível sólido para mísseis. Imagens nas redes sociais e análises de satélite mostraram uma cratera profunda no local, cercada por fumaça tóxica e veículos destruídos. Escolas e comércios da região foram fechados.

Durante reunião com autoridades, Pezeshkian afirmou que “é preciso entender por que isso aconteceu”, segundo a TV estatal iraniana. O governo declarou três dias de luto na província de Hormozgan. Helicópteros e aviões cargueiros despejaram água do mar para tentar conter o incêndio, que, de acordo com as autoridades, estava sob controle no fim da tarde do domingo.

O Ministério da Defesa do Irã negou que houvesse combustível de mísseis no porto. Em entrevista à TV estatal, o porta-voz do ministério, general Reza Talaeinik, disse que “não há importação nem exportação de material militar no local” e classificou como “infundadas” as informações sobre a chegada de produtos químicos para uso em foguetes. Ele prometeu mais esclarecimentos nos próximos dias.

A empresa privada Ambrey, especializada em segurança marítima, afirmou que a carga de perclorato de amônio recebida em março seria destinada a reabastecer os estoques de mísseis iranianos, que haviam sido usados nos ataques diretos contra Israel na guerra com o Hamas. Dados de rastreamento de navios analisados pela Associated Press confirmam a passagem de embarcações carregando o produto no período.

A explosão no porto iraniano lembrou o desastre de Beirute, em 2020, quando a ignição de nitrato de amônio armazenado de forma inadequada provocou mais de 200 mortes. Imagens do sábado mostraram fumaça avermelhada antes da detonação em Shahid Rajaei, indício de reação química similar. No domingo, a Rússia enviou aeronaves de emergência a Bandar Abbas para ajudar nas operações de resgate e contenção do incêndio.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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