IPCA sobe 0,43% e chega a 5,48% em 12 meses


A queda nos preços das passagens aéreas e nos combustíveis ajudou a desacelerar a inflação oficial no País em abril, mas os alimentos, remédios e roupas voltaram a pressionar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,43% em abril, ante um avanço de 0,56% em março. Os dados foram divulgados nesta sexta, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação acumulada em 12 meses, porém, acelerou pelo terceiro mês seguido, passando de 5,48%, em março, para 5,53% em abril, a mais alta em mais de dois anos – e afastou-se ainda mais da meta de 3% perseguida pelo Banco Central, cujo teto de tolerância é de 4,50%.

“Um contexto de intensas pressões inflacionárias, expectativas de inflação de curto e médio prazos altamente desancoradas, hiato do produto positivo, mercado de trabalho apertado e medidas recorrentes de estímulo parafiscal e de crédito exigem uma calibração conservadora da política monetária”, comentou o diretor de pesquisa macroeconômica para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

A desaceleração na inflação oficial na passagem de março para abril foi decorrente de quedas de preços concentradas em itens de peso significativo no orçamento das famílias, entre eles passagem aérea, arroz, gasolina e etanol. Por outro lado, os aumentos foram mais espalhados entre os itens pesquisados, disse Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.

O índice de difusão, que mostra o porcentual de itens com alta de preços, passou de 61% em março para 67% em abril: a difusão de itens alimentícios saiu de 55% para 70% no período. Dos 168 subitens alimentícios investigados pelo IBGE, 118 tiveram alta em abril. Dos 209 subitens não alimentícios pesquisados, 134 tiveram aumentos.

Em abril, oito dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas. A única deflação foi registrada em Transportes (-0,38%). As passagens aéreas recuaram 14,15% no mês, subitem de maior impacto negativo no IPCA do mês, -0,09 ponto porcentual. Os combustíveis ficaram 0,45% mais baratos: óleo diesel, -1,27%; gás veicular, -0,91%; etanol, -0,82%; e gasolina, -0,35%.

Na direção oposta, o custo da Alimentação e bebidas subiu 0,82% em abril. E os gastos com Saúde e cuidados pessoais tiveram alta de 1,18%, impulsionados pelo aumento de 2,32% nos produtos farmacêuticos, após a autorização de reajuste de até 5,09% nos preços a partir de 31 de março.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Nobel de Medicina premia cientistas que alavancaram pesquisa contra câncer e doenças autoimunes

Por Redação O Estado de S. Paulo - 06/10/2025 07:42 O Prêmio Nobel de Medicina…

5 minutos ago

vendas no varejo sobem 0,1% em agosto ante julho

As vendas no varejo da zona do euro subiram 0,1% em agosto ante julho, segundo…

16 minutos ago

Premiê da França renuncia por falta de condição de governar, menos de um mês após assumir

Por Redação O Estado de S. Paulo - 06/10/2025 07:28 O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu,…

17 minutos ago

taxa anual do CPI se mantém em 4,1% em agosto; no G20, cai a 3,7%

A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) dos países que…

29 minutos ago

Primeiro-ministro da França Sébastien Lecornu renuncia ao cargo

O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou nesta segunda-feira, 6, um dia após nomear seu…

30 minutos ago

Baralho cigano: previsão para os 12 signos de 06 a 12 de outubro de 2025

O baralho cigano mostra que esta será uma semana de provações, mas também de fortalecimento…

51 minutos ago

This website uses cookies.