Intenção de consumo das famílias recua 0,3% em agosto ante julho, revela CNC


A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a recuar em agosto, caindo 0,3% contra julho, descontados os efeitos sazonais, após três meses de alta, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira, 21. A entidade identificou queda da maioria dos itens da pesquisa nessa comparação.

Em relação à comparação anual houve redução da intenção da ordem de 0,6%, porém, alguns itens mostraram avanço.

“Mesmo com essas reduções, o indicador se mantém acima do nível de otimismo (101,6 pontos sem ajuste sazonal e 102,9 pontos com ajuste)”, destacou a CNC.

A maioria dos componentes revelou movimento de baixa na comparação com agosto de 2024. As exceções referem-se ao Nível de Consumo Atual – ICF, que subiu 1,1%; Acesso ao Crédito, alta de 1,4%; e Perspectiva Profissional – ICF, a maior elevação do mês, atingindo mais 3,1%.

Mesmo com essa maior facilidade das compras a prazo pelo terceiro mês, a percepção do momento para compra de bens duráveis continuou com a maior retração, de 6,9%, mostrando a forte influência do aumento da taxa Selic desde o ano passado.

Já a Renda Atual – ICF apresentou queda de 3%, revelando que os preços continuam sendo um desafio para o poder de compra da população, explicou a CNC.

O crescimento anual do Acesso ao Crédito foi acompanhado por uma estabilidade na comparação mensal, mostrando maior cautela com a liquidez do mercado de crédito, mas ainda com os consumidores em um patamar melhor do que em 2024 em relação às compras a prazo. O porcentual daqueles que consideram mais fácil o acesso recuou para 32,6% (de 32,8% no mês anterior), o menor desde abril de 2020 (33,1%).

O Emprego Atual – ICF teve ligeira queda no mês, de 0,2%, convergindo para a tendência do resultado da análise anual, um recuo de 1,3%, uma piora na percepção das famílias em relação ao mercado de trabalho no curto prazo. A Perspectiva Profissional – ICF também voltou a recuar na comparação mensal em agosto, mas obteve a maior taxa positiva frente ao ano passado, de 3,1%.

Outro fator positivo para os próximos meses é que 53,2% das famílias possuem perspectiva positiva sobre o emprego, o maior porcentual desde março de 2024 (53,3%). Com a perspectiva para os próximos meses do mercado de trabalho mais dividida, a Perspectiva do Consumo – ICF ficou estável no mês e recuou 0,2% em relação ao ano passado.

“A necessidade do crédito para manter o consumo continua aquecendo o comércio imediato, mas a Selic mais alta começa a afetar a inadimplência e freia o movimento. Assim como o mercado de trabalho voltou a gerar cautela, mas com a perspectiva profissional ainda resistindo positivamente”, explicou a CNC.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Uefa multa clube polonês por exibir faixa com teor político em jogo contra Maccabi Haifa

A Uefa multou o clube polonês Rakow Czestochowa em 10 mil euros (aproximadamente R$ 63,7…

47 segundos ago

Tarcísio cita preocupação com pessoas sendo investigadas judicialmente por ‘fazerem críticas’

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira, 21, que está…

2 minutos ago

3 receitas práticas e nutritivas com pequi

Originário do Cerrado brasileiro, o pequi chama atenção pela cor intensa e pelo aroma característico,…

9 minutos ago

Chance de Fed cortar juros em setembro cai para 71,5% em meio a sinais hawkish de dirigentes

O mercado financeiro reduziu as apostas em um corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed,…

15 minutos ago

Após xingamentos, Eduardo Bolsonaro grava vídeo em apoio a Silas Malafaia

Alvo de insultos do pastor Silas Malafaia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um…

18 minutos ago

Justiça bloqueia bens de Hytalo Santos e do marido, diz TV

A Justiça do Trabalho na Paraíba bloqueou bens do influenciador Hytalo Santos e do marido…

25 minutos ago

This website uses cookies.