Integra Goiás Saúde e doenças respiratórias são focos da segunda reunião CIB de 2025

Eles reforçaram o convite aos gestores municipais presentes no auditório da Escola de Saúde de Goiás para que participem, com seus respectivos prefeitos, desse que é um dos mais importantes eventos da história da Saúde no Estado. Outro assunto de destaque, além dos informes e pactuações, foi a saúde respiratória da população goiana.

“É uma alegria muito grande estarmos convidando vocês para esse evento que vai fortalecer a gestão da saúde em todo o Estado”, disse Ana Carolina, sobre o encontro desta quinta-feira, 20, a partir desta 07h30, no auditório Lago Azul, do Centro de Convenções de Goiás.

A subsecretária detalhou a programação do evento, que contará com a palavra do governador Ronaldo Caiado e, em seguida, ouviu da presidente do Conselho de Secretaria Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), Patrícia Palmeira de Brito Fleury, o agradecimento pelo convite de parceria com o conselho.

“Que os prefeitos entendam a importância de seus secretários saírem de seus municípios para trabalharem a articulação, pactuarem, trazerem recursos e direcionar discussões para aquilo que precisamos”, sugeriu Patrícia, sobre a participação no Integra Saúde Goiás.

“Se o SUS é tripartite, vamos encontrar uma solução tripartite. Que sejamos parceiros, para fazer aqui um espaço real de discussão”, continuou Patrícia, que recebeu o apoio de Ana Carolina: “Por isso, o evento se chama Integra; precisamos agir de forma integrada, regionalizada, para juntar forças, porque as dificuldades são muito grandes.”

Luciano Moura, por sua vez, ressaltou a importância de o evento fazer a junção do técnico e o político. “Muitas vezes, temos o conhecimento técnico, mas não a força política para realizar nos municípios. Então, o governador chamar os prefeitos com seus secretários é algo muito valoroso. Precisamos aproveitar esse momento para essas discussões, aproveitar que todos estejam no mesmo espaço para que se tenha o apoio necessário para realizar as políticas públicas”, resumiu o subsecretário.

Respira Goiás
A questão dos problemas respiratórios no Estado foi abera na reunião pela Superintendência de Políticas e Atenção Integral à Saúde, Amanda Melo e Santos Limongi. Ela fez a apresentação do programa Respira Goiás. “É caro para nós porque vem para fortalecer os municípios e a atenção primária com relação a doenças respiratórios, como asma, DPCO (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e tuberculose, que é uma doença (a TB) que queremos erradicar em Goiás.

A superintendente apresentou a estruturação do programa, destacando a parceria com a Universidade Federal de Goiás; o cronograma de implementação nas cinco macrorregiões, com início em abril deste ano e encerramento em janeiro de 2026. Falou ainda do Núcleo Local de Pesquisa e Melhores Práticas, com seus objetivos e a cultura de prática e desenvolvimento científico dos profissionais que atuam em serviços de saúde, entre outros pontos.

Já a situação epidemiológica da tuberculose no Estado, com a campanha estadual de combate à doença em 2025, foi abordada pela superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização, Cristina Aparecida Borges Pereira Laval, que apresentou números da doença no Brasil (maior taxa incidência nas Américas) e de Goiás (terceiro com menor incidência no País).

Porém, ela lembrou que, desde 2021, houve aumento da incidência no Estado, em virtude, principalmente, do trabalho das equipes de saúde na busca por casos sintomáticos. E apresentou o cronograma de ações contra a doença, que terá o Dia D na próxima segunda-feira (24/3).

A superintendente descreveu ainda as adesões ao Programa Saúde na Escola, que já se encontra em 244 municípios, e relatou a evolução do monitoramento das notificações de violências, que se encontrava em 216 no ano passado, enquanto em 2023 eram 216 – crescimento de 3,5%, ante uma projeção de 2,65%.

Por fim, as pactuações da reunião envolveram, entre outros, leitos de saúde mental em Goiatuba; criação de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em Hidrolândia, e outro em Goiatuba; Aparecida de Goiânia como polo de aplicação de Palivizumabe; habilitação de serviço vasectomia e laqueadura em Minaçu; mais cinco leitos de UTI tipo 2 em Caldas Novas e repactuação de alguns municípios.

Por José Carlos Araújo/Comunicação Setorial