inquérito no STF tem objetivo de tirá-lo das eleições de 2026


O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 2, que a investigação na Polícia Federal sobre uma eventual coação no curso do processo do golpe, entre outros crimes, teria objetivo de impedir uma eventual candidatura dele no ano que vem. “Tudo é jogo de cartas marcadas para me tirar das eleições de 2026”, afirmou à CNN Brasil.

A declaração foi dada em resposta ao depoimento do deputado Lindbergh Farias (PT), nesta segunda-feira,2, à Polícia Federal. O líder do PT na Câmara depôs no âmbito do inquérito para apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA, que estaria sendo utilizada para pressionar autoridades brasileiras no processo em que o pai, Jair Bolsonaro, é investigado.

Eduardo Bolsonaro tem sido apontado como candidato ao Senado por São Paulo, na chapa do governador do Estado Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem afirmado que pretende disputar as eleições. Contudo, também é apontado como possível sucessor de Bolsonaro em uma candidatura à Presidência da República. Bolsonaro está inelegível até 2030, após duas decisões no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O próprio Eduardo admitiu a possibilidade em entrevista à revista Veja.

A investigação, aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda-feira, 26, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) busca identificar se a atuação no exterior de Eduardo Bolsonaro nos EUA tenta atingir o judiciário brasileiro.

O documento afirma que a atuação de Eduardo Bolsonaro tem como foco impor sanções aos ministros do STF. Na noite da última quinta-feira, 30, o Bureau of Western Hemisphere Affairs (WHA), órgão do governo Trump, fez uma publicação em português no X afirmando que “nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado.”

Lindbergh Farias, além de prestar depoimento, pediu que a PGR bloqueie os bens e quebre o sigilo bancário de Jair Bolsonaro, em razão de o ex-presidente ter declarado estar mantendo Eduardo Bolsonaro nos EUA com recursos captados por doações de apoiadores.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro afirmou que sua atuação é pública. “Não faço nada de ilegal”. Ele questiona: “Visitar deputado americano é crime? Perguntar a um secretário de Estado numa audiência da Câmara é ilegal? Ir ao MRE dos EUA (State Departament) é um delito? Se for, então vamos prender parlamentares do PT que se encontraram com Bernie Sanders e AOC também, não?”.

A abertura do inquérito, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), também permitiu o monitoramento das redes sociais de Eduardo Bolsonaro. O depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro deve ocorrer no próximo dia 5.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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