IBP e empresas montam sala de situação para garantir abastecimento de combustíveis


Após a operação que interditou a Refit, ex-refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, ontem (26), as empresas do setor, com o apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), implementaram uma força-tarefa para assegurar a normalidade do abastecimento de combustíveis no Estado do Rio de Janeiro. Uma sala de situação virtual envolve as grandes refinarias, petroquímicas dos dois Estados, que habitualmente atuam no fornecimento de gasolina, transportadoras e as distribuidoras, informou o IBP.

A Refit abastecia 10% do mercado de combustíveis do Estado de São Paulo, com uma atuação bastante pulverizada, e cerca de 20% do mercado no Rio de Janeiro, concentrada especialmente na Baixada Fluminense e no Norte do estado. As regiões são consideradas pontos críticos por concentrarem municípios como Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Campos dos Goytacazes, Belford Roxo e São João de Meriti, que estão entre os dez mais populosos segundo o Censo 2022 do IBGE. Só na Baixada Fluminense, por exemplo, a Refit atendia 20% do mercado, porcentual maior do que nas demais regiões fluminenses (entre 15% e 18%).

Com o cenário monitorado em tempo real, as empresas mapearam os volumes que eram supridos pela refinaria interditada e redesenharam as rotas de abastecimento durante o fim de semana. Mobilizações semelhantes foram feitas durante as enchentes do Rio Grande do Sul e a seca do Rio Madeira (que percorre os estados de Rondônia e Amazonas), ambas em 2024.

As informações são compartilhadas com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na segunda-feira (29), está prevista uma reunião especial para avaliar se serão necessárias medidas adicionais. O IBP afasta, neste momento, qualquer possibilidade de desabastecimento já que a compra de combustíveis é feita de forma antecipada, entre cinco e sete dias, e os postos se preparam para o consumo mais elevado nos finais de semana.

Outro lado

Em nota, a Refit diz que recebeu a notícia da interdição das atividades no Rio de Janeiro com “surpresa e indignação” e esclareceu que “jamais” atuou ou opera como “empresa de fachada para atividades ilegais e possui histórico comprovado de atividades legítimas no mercado”.

“A administração da companhia não teve acesso às condicionantes estabelecidas pela ANP para a retomada regular das operações. Tão logo tenha acesso à notificação oficial de interdição, a empresa demonstrará nos autos do processo administrativo da ANP que todas as condicionantes sempre estiveram atendidas, não havendo justificativa razoável para a paralisação total de suas atividades”, afirmou a refinaria em nota.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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