Ibovespa tem correção e fecha em baixa de 1,59%, aos 137,8 mil, após renovação de recorde


Após ter fechado a terça-feira, 20, pela primeira vez aos 140 mil pontos, o Ibovespa caiu desde a abertura e teve um dia de correção mais aguda nesta quarta-feira, 21, retrocedendo à casa dos 137 mil, do meio para o fim da tarde, e encerrando no menor nível desde o último dia 12 – data que antecede o início de uma série de recordes históricos. Nesta quarta-feira, oscilou entre 137.538,35 (-1,84%) e 140.108,61 pontos, na máxima do dia que correspondeu à abertura.

Ao fim, mostrava perda de 1,59%, aos 137.881,27 pontos, com giro a R$ 24,0 bilhões. Na semana, cede 0,94% e no mês avança 2,08% – no ano, sobe 14,63%.

Em porcentual, a queda desta quarta-feira foi a maior registrada pelo Ibovespa desde 4 de abril, então em baixa de 2,96%.

Na etapa vespertina, a piora do Ibovespa acompanhou a de Nova York (Dow Jones -1,91%, S&P 500 -1,61%, Nasdaq -1,41%), mas também na curva do DI – após reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrar que as devidas compensações do INSS, em razão de descontos irregulares no pagamento de benefícios, já chegam a R$ 1 bilhão. Na B3, as perdas nas ações de grandes bancos foram a 2,26% (Bradesco ON) e em Vale ON, o principal papel da carteira, a 1,28% no fechamento. O dia foi negativo também para Petrobras (ON -0,85%, PN -1,12%) e para as demais ações de primeira linha.

Na ponta perdedora, Marcopolo (-6,94%), Vamos (-6,60%) e Ultrapar (-6,33%). No lado oposto, Raízen (+5,95%), Cosan (+1,32%) e PetroReconcavo (+1,21%).

No exterior, o leilão de Treasuries nesta quarta-feira influenciou o comportamento dos ativos americanos, com o mercado exigindo uma taxa mais alta para financiar a dívida pública, aponta o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “O mercado está preocupado com o endividamento, com o fiscal dos Estados Unidos, e por isso deu essa pesada à tarde”, afirma.

“Apesar do otimismo com o cenário doméstico, o mercado ainda está de olho no que acontece lá fora. Além da redução da nota de crédito dos EUA pela agência de classificação de risco Moodys na semana passada, uma das maiores preocupações no momento é com o aumento do déficit fiscal dos Estados Unidos”, reforça Luise Coutinho, head de produtos e alocação da HCI Advisors.

Ela acrescenta que o Congresso americano, no momento, discute orçamento proposto pelo presidente Donald Trump, que prevê grandes cortes de impostos e pode deteriorar, ainda mais, o “rombo nas contas públicas”. “Essa incerteza nos Estados Unidos enfraquece o dólar frente a outras moedas, e leva os juros dos títulos americanos a subir bastante – um movimento que acaba influenciando a curva de juros no Brasil também”, destaca Luise.

As ações do setor elétrico (Eletrobras ON -1,17%, Copel -1,20%, Cemig -1,31%) recuaram em bloco no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória da reforma do setor, que será encaminhada ao Congresso ainda nesta quarta, segundo disse, no início da tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, classificou como positiva a MP, mas admitiu preocupação com a antecipação do cronograma de abertura de mercado livre de energia para a baixa tensão, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Na mesma entrevista coletiva de Silveira, Rui Costa disse que a expectativa é de que o preço de energia tenha queda gradual, de 2026 a 2027. E o ministro de Minas e Energia informou que a abertura do mercado livre foi antecipada para junho de 2026, e que a reforma do setor irá beneficiar mais de 100 milhões de pessoas.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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