A combinação entre um cenário internacional cauteloso e um ambiente nebuloso no Brasil mantém o mercado de ações em posição defensiva nesta quinta-feira, 21. Com o investidor à espera de definições, o Índice Bovespa opera com oscilações contidas desde a abertura, majoritariamente em queda.
No centro das atenções estão as ações do setor financeiro, ainda às voltas com os desdobramentos da aplicação da Lei Magnitsky contra os bancos brasileiros. As instituições se veem pressionadas tanto pelos Estados Unidos, com suas sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, quanto pela resposta do ministro do STF Flávio Dino, de não reconhecer a aplicabilidade da medida no Brasil.
De acordo com Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, embora seja improvável que a Magnitsky seja aplicada em termos extremos, o investidor teme a exposição a cenários desse tipo. “É uma ruptura entre Brasil e EUA que não se via desde a época da ditadura, o que justifica o temor de um cenário binário e cria ainda novos questionamentos. Então o investidor se pergunta: ‘o que pode acontecer com a offshore que tenho o exterior?”, explica. Nesse ambiente, o mercado de ações deve continuar a operar em margens estreitas, até que o ambiente apresente maior definição.
Em menor proporção, profissionais do mercado também citaram repercussão negativa à nova pesquisa Quaest indicando melhora da competitividade do governo Lula. O desconforto foi mais nítido nos mercados de câmbio e juros, mas também foi citado no início dos negócios na Bolsa.
De acordo com Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, o mercado reage ao risco de manutenção de uma política fiscal muito apertada e de um quadro de insegurança jurídica parecido com o que se vê hoje.
De todo modo, a crise entre Brasil e EUA segue no centro das atenções. No mercado americano, o investidor acompanha o início do seminário de Jackson Hole, com a perspectiva de encontrar nos discursos dos diretores do Federal Reserve as sinalizações para os próximos passos da política monetária, o que pode influenciar as projeções para os juros no Brasil e, indiretamente, afetar o apetite por risco para ações.
“Dados recentes sobre a economia fizeram reduzir as apostas para um corte de 0,25 ponto porcentual nas taxas de juros americanas, hoje com 80%, contra mais de 90% na semana passada. Se os EUA adiarem os cortes, pode haver influência nos cortes da Selic aqui, com um período mais longo de permanência da Selic em patamar elevado”, afirma Oliveira.
Às 11h32, o Ibovespa tinha baixa de 0,28%, aos 134.294,67 pontos. Entre as ações dos bancos, o dia é de volatilidade. No horário mencionado, Banco do Brasil ON recuava 1,26%, enquanto Bradesco ON e PN perdiam, ambas, 0,44%. Já as units do Santander avançava 0,64%.
Por: Estadão Conteúdo
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