Ibovespa estabelece recorde intradia, mas limita alta, abaixo dos 137 mil


O Ibovespa retomou nesta quinta-feira, 8, a linha de 137 mil pontos no intradia, mas não no fechamento, tendo ensaiado renovar ambos os recordes históricos estabelecidos no fim de agosto passado. Durante a sessão desta quinta-feira, o índice da B3 foi aos 137.634,57 pontos, em alta de 3,18% no melhor momento, encerrando o dia ainda com ganho de 2,12%, aos 136.231,90 pontos, tendo iniciado aos 133.457,68 pontos, nível correspondente à mínima da sessão.

O maior fechamento ainda é o de 28 de agosto, a 137.343,96 pontos naquele encerramento – enquanto no intradia, batera então a 137.469,26 pontos, marca rompida nesta quinta durante a sessão.

No fechamento, ainda assim, o Ibovespa mostrava o maior nível desde 5 de setembro, então aos 136,5 mil pontos – foi também o sexto maior patamar de encerramento já registrado pelo índice.

O giro financeiro foi reforçado a R$ 34,7 bilhões, com o apetite por risco deflagrado no exterior com a confirmação, por Donald Trump, de que os Estados Unidos assinaram nesta quinta, com o Reino Unido, seu primeiro acordo comercial “aberto e justo”. Em Nova York, os principais índices de ações marcaram ganhos de 0,62% (Dow Jones), 0,58% (S&P 500) e 1,07% (Nasdaq), desacelerando em direção ao fechamento.

Entre os principais nomes do índice, destaque para a alta de dois dígitos em Bradesco, com a ON em avanço de 14,04% e a PN, de 15,64%. Os grandes bancos deram dinamismo ao índice na sessão, após o balanço do Bradesco na noite da quarta – depois do fechamento desta quinta, será a vez de Itaú (PN +0,80%).

Destaque também para Santander (Unit +4,13%) e, entre as grandes ações de commodities, Petrobras (ON +1,69%, PN +1,39%). O principal papel do Ibovespa, Vale ON, operou perto da estabilidade, mas fechou em baixa (-0,30%), contribuindo para podar a alta final.

Na ponta ganhadora do Ibovespa nesta quinta-feira, Azzas (+22,03%), à frente das duas ações de Bradesco – destaque também para CVC (+11,06%) e Hapvida (+9,33%). No lado oposto, Minerva (-7,69%), Ultrapar (-3,69%) e TIM (-2,88%).

No plano doméstico, caiu bem aos investidores a sinalização, lida pelo mercado no comunicado da noite anterior sobre a decisão de política monetária do Banco Central, de que o ciclo de alta da Selic esteja bem perto do fim ou mesmo possa ter ocorrido na quarta-feira, quando o Copom decidiu, conforme esperado, elevar a taxa de juros de referência em meio ponto porcentual, para 14,75% ao ano.

“Comunicado foi dovish, e duas mudanças apontam nessa direção”, diz Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1. Ele menciona, em primeiro lugar, a opção do Copom de não indicar qual seria a decisão mais provável na próxima reunião, em junho, o que assegura flexibilidade e abre porta para a interrupção do ciclo. Como segundo ponto importante, Cezario destaca que o Comitê de Política Monetária deixou de caracterizar o balanço de riscos nas projeções de inflação como assimétrico para cima – e passou a ver riscos mais elevados tanto de alta quanto de baixa.

Além do apetite por risco, com cenário um pouco mais favorável no exterior e Selic perto ou mesmo no pico por aqui, a agenda de dados domésticos desta quinta-feira também foi conducente ao aumento da exposição dos investidores a ações, destaca Inácio Alves, analista da Melver.

“O movimento de alta foi sustentado também por dados econômicos positivos, como o recorde de exportações brasileiras, que atingiram US$ 30,4 bilhões, um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior. E o crescimento da indústria brasileira em março foi superior às expectativas, em alta de 1,2%, o que contribuiu para o otimismo dos investidores”, avalia o analista. Aqui, o dólar à vista fechou o dia na mínima da sessão, em baixa de 1,46%, a R$ 5,6613.

No exterior, o apetite por risco observado desde a etapa matutina da sessão levou o bitcoin a ultrapassar a marca de US$ 100 mil pela primeira vez em três meses, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o primeiro acordo comercial do país desde a declaração sobre tarifas no que chamou de Dia da Libertação, no começo de abril.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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