O Ibovespa abriu o pregão desta segunda-feira, 29, em alta, em sintonia com a valorização no exterior. Investidores esperam dados do mercado de trabalho do Brasil e dos Estados Unidos que saem esta semana para recalibrar apostas para a política monetária dos dois países. Os juros futuros e o dólar cedem, o que favorece também o Índice Bovespa, mas com desempenho potencialmente limitado pela queda nos preços do minério de ferro e do petróleo.
Se o principal indicador da B3 seguir em alta, tende a fechar com o melhor mês de setembro em anos, em meio a recentes recordes de pontuação. Até agora, sobe quase 4% neste penúltimo dia de setembro. Há instantes, renovou máxima inédita a 147.558,22 pontos, com alta de 1,45%, desbancando a melhor marca vista recentemente ao longo da sessão do último dia 23, a 147.178,47 pontos (alta: 1,43%).
Há expectativas principalmente para o payroll (relatório de emprego dos Estados Unidos), que pode reforçar apostas de mais dois cortes nos juros norte-americanos neste ano nos EUA, após o PCE de agosto dentro do esperado, informado na sexta-feira.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) veio em linha com as expectativas, alimentando apostas em cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
“O Ibovespa sobe mesmo com a queda das commodities”, pontua Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, ao se referir ao recuo de mais de 2% do petróleo e de 1,57% do minério.
“O clima de euforia continua, com o ingresso de investimento estrangeiro numa crescente, por perspectivas de cortes nos EUA, mas o volume diário aqui tem sido baixo, devagar”, diz, indicando que isso deve, entre outros fatores, ao quadro de incerteza com relação a quando a Selic começará registrar queda.
Aqui, as atenções ficam no Caged de agosto, para o qual se espera avanço na geração de vagas de emprego formal a 182 mil após a criação de quase 130 mil postos. Se o resultado for confirmado, tende a corroborar a ideia de mercado de trabalho aquecido, o que pode dificultar estimativas de início de queda da Selic ainda em 2025 pelos agentes financeiros.
No Focus desta segunda-feira, a projeção para o juro básico ao final deste ano seguiu em 15%, recuando somente em 2025, cuja estimativa continuou em 12,25% ao ano.
Quanto às expectativas para a inflação, a projeção para IPCA de 2025 foi de 4,83% para 4,81%, acima do teto da meta; para 2026 passou de 4,29% para 4,28%. Não houve alteração nas estimativas para IPCA 2027 (3,90%) e 2028 (3,70%).
Ainda, os investidores repercutem a mudança na bandeira tarifária de energia, de vermelha nível 2 para 1, o que tende a reduzir pressão sobre as contas luz. A Quantitas revisou a estimativa do IPCA de outubro de 0,29% para 0,22%. A projeção para 2025 permaneceu em 4,8%, com 70% de probabilidade de bandeira amarela em dezembro
Em contrapartida, a aceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em setembro, é ponto de atenção. O IGP-M subiu 0,42% em setembro, após alta de 0,36% em agosto. O resultado ficou acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, de 0,32%, com piso de 0,20% e teto de 0,47%.
Ainda ficam no foco eventos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen.
Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,10%, aos 145.446,66 pontos, acumulando ganhos de 2,85% no mês, após elevação de 6,25 em agosto deste ano e depois de perdas de 3,08% em setembro de 2024.
Às 10h32 desta segunda-feira, o Ibovespa tinha alta de 1,08%, aos 147.012,34 pontos, ante elevação de 1,45%, na máxima a 147.558,22 pontos, em nível histórico, desbancando a última marca inédita apurada no dia 23 (147.178,47 pontos). De 84 papéis da carteira, oito caíam, com a maior queda em 2,42% (Braskem PN) seguida de Petrobras PN (-0,74%).
Por: Estadão Conteúdo
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