Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um recuo de 0,90% em agosto para uma elevação de 2,97% em setembro, maior resultado para o mês desde 1995, quando aumentou 4,51%. O resultado levou a uma contribuição de 0,45 ponto porcentual para a taxa de 0,48% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A energia elétrica residencial aumentou 10,31% em setembro, subitem de maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,41 ponto porcentual. A elevação foi decorrente do fim do desconto do Bônus de Itaipu, que tinha sido creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. O IBGE lembra que em setembro esteve em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 à conta e luz a cada 100 KWh consumidos.
Houve ainda reajustes nas tarifas nas seguintes regiões: 18,62% em São Luís a partir de 28 de agosto; 15,32% em Vitória em 7 de agosto; e 4,25% em Belém em 7 de agosto.
No ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 16,42%, maior impacto individual no IPCA do período, uma contribuição de 0,63 ponto porcentual para a taxa de 3,64% de inflação. No acumulado em 12 meses, a energia elétrica subiu 10,64%, um impacto de 0,44 ponto porcentual no IPCA de 5,17% acumulado no período.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,07%, devido a reajustes de 7,84% em Aracaju em 1º de setembro e de 4,81% em Vitória desde 1º de agosto.
O gás encanado aumentou 0,01%, em decorrência do aumento de 6,41% nas faturas em Curitiba em 1º de agosto, mas redução média de 1,22% nas tarifas do Rio de Janeiro também a partir de 1º de agosto.
Por: Estadão Conteúdo