BRASIL

Governo não tem voto para medidas do pacote de gastos, mas Congresso não vai faltar, diz Lira

O presidente da CâmaraArthur Lira (PP-AL), disse nesta quarta-feira, 4, não ter dúvidas de que o Congresso conseguirá votar o pacote de contenção de despesas do governo ainda este ano.

“O momento é instável, e nós não podemos esconder, porque ele está claro, mas eu não tenho dúvidas que nós vamos conseguir (votar), ou essa semana ou na outra, com calma, se puder, a gente vai conversando, vai dialogando, o governo está empenhado”, disse durante o deputado, o Fórum Jota — o Brasil em 10 anos, realizado em Brasília.

Lira ainda ponderou que essas medidas precisam ser votadas nestas semanas porque o Congresso ainda tem todo o Orçamento de 2025 para votar e aprovar. “O Orçamento precisa estar enquadrado dentro desses cortes, que a gente chama de corte, que, na realidade, é uma diminuição da velocidade do crescimento da despesa. É isso que está deixando todo mundo um pouco incomodado e, talvez, uma medida ou outra mais efetiva, possa trazer uma tranquilidade para o país de acomodação nesses momentos de instabilidade de mercado, de juros, de dólar e, enfim, tudo”, afirmou.

Ele reconheceu que está bem marcado dentro da Câmara que uma ala de deputados queria medidas mais amplas de contenção de gastos, incluindo a vinculação do crescimento da receita da educação, da saúde e da previdência no salário mínimo. “É preciso que se discutam (as propostas), e todos os setores que estão ali atingidos pelas medidas já estão se mobilizando”, disse.

O deputado também afirmou, em relação aos gastos do Executivo, que há um excesso de programas sociais em atividade que acabam se sobrepondo e falta filtro em alguns ministérios. Ele também disse não saber se é possível mensurar a conta com a projeção de economia de R$ 70 bilhões em dois anos após a aprovação do texto no Congresso.

Para Lira, é preciso que a “locomotiva esteja à frente dos vagões” na discussão sobre o pacote de corte de gastos. Ele anunciou que deve colocar em votação nesta tarde a urgência do projeto de lei e do projeto de lei complementar que compõem o pacote e que, no caso da proposta de emenda à Constituição (PEC), o texto será apensado a outra proposta com tramitação mais adiantada, como já mostrou o Estadão/Broadcast.

Para vencer todos os assuntos da votação do pacote de contenção de gastos, Lira aposta em muito diálogo para dar conta das votações nas próximas duas semanas e meia.

Fonte: Estadão

Redação

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