Governo de SP amplia controle de água em reservatórios por queda nos níveis e falta de chuvas


Com o objetivo de preservar o nível dos mananciais, o governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 19, a adoção de medidas para controlar a saída de água dos reservatórios que abastecem a capital e municípios da região metropolitana.

O motivo é o baixo volume do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que opera nesta sexta com 32,5% da capacidade, conforme boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp). No mesmo período do ano passado, o índice era de 51,5%.

Entre as ações, estão ampliar de oito para dez horas no tempo de gestão de demanda noturna (GDN) – agora das 19h às 5h – e o gerenciamento de pressão durante o dia. A medida consiste em diminuir a pressão nas tubulações, de modo a diminuir as perdas de água.

O GDN já havia sido aplicado no fim de agosto e, segundo a Sabesp, resultou em economia de 7,2 bilhões de litros de água, suficiente para abastecer 800 mil pessoas por um mês – o equivalente à população de São Bernardo do Campo.

De acordo com o governo paulista, a retomada da medida ocorre devido a “eventos climáticos e cenário de chuvas abaixo do esperado”. A gestão afirma ainda que as intervenções são temporárias e permanecerão em vigor até que “sejam recompostos os níveis dos mananciais”, de forma a garantir “o abastecimento de todos”.

A estratégia foi definida pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), integrante do Comitê de Integração das Agências para a Segurança Hídrica, junto com a SP Águas. A decisão foi tomada a partir de dados apresentados no primeiro boletim do colegiado.

“A primeira fase da GDN, implantada no dia 27 de agosto com duração de oito horas, cumpriu o resultado esperado, conforme dados do boletim interagências. A economia prevista era de 4 m³/s, e o volume alcançado foi de 4,2 m³/s”, informou o governo em nota.

“A medida evitou queda maior no nível dos mananciais. No entanto, diante do cenário climático e de chuvas abaixo da média, foi preciso ampliar o período para recuperação dos reservatórios”, acrescentou.

Falta de chuvas compromete nível dos reservatórios

Em agosto, a precipitação na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos de Piracicaba/Capivari/Jundiaí (PCJ) foi de apenas 3 milímetros, abaixo da média histórica de 29 milímetros. No Alto Tietê, eram esperados 32 milímetros, mas choveu somente 11.

“Os sistemas Cantareira e Alto Tietê, que concentram cerca de 80% da capacidade do SIM, registram 30,3% e 26,1% de armazenamento, respectivamente. A média de queda na última semana foi de 0,26% ao dia”, informou o governo.

Segundo a SP Águas, o quadro exige maior monitoramento e atenção às variações climáticas que afetam o equilíbrio hídrico e a segurança do abastecimento.

“O cenário hídrico justifica a manutenção de medidas preventivas para aumentar a oferta e reduzir a captação, além da preparação para ações mais restritivas em caso de agravamento”, afirmou a presidente da SP Águas, Camila Viana.

Ela destacou ainda que os moradores podem contribuir com a economia de água. “Medidas simples do dia a dia fazem muita diferença na redução do consumo”, disse.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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