Construção da Policlínica de Mozarlândia: obra prevista para ser entregue em 2026 (Foto: Wildes Barbosa)
A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) promove obras para ampliação da rede de saúde no estado. Para além do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) — que já recebeu seus primeiros pacientes pediátricos — a agência conduz outras duas frentes de trabalho cruciais para capilarizar o atendimento regionalizado em saúde: a reforma e ampliação do Hospital Estadual de Formosa (HEF) e a construção da Policlínica de Mozarlândia.
Os investimentos nessas duas unidades ultrapassam os R$ 170 milhões, com recursos do Tesouro Estadual.
Com mais de 40% do projeto já executado, o HEF passa por uma transformação profunda que o qualifica à condição de complexo hospitalar. Atualmente, técnicos trabalham na conclusão do novo pronto-socorro. O bloco recebe móveis e instalações elétricas. O espaço dedicado à maternidade também segue em fase de acabamento, com instalações elétricas, serviços de climatização, revestimento e pintura em andamento.
De acordo com o presidente da autarquia, Pedro Sales, trata-se de uma obra que eleva o patamar de atendimento no estado.
“As obras avançam com qualidade, dentro do cronograma e sem comprometer os atendimentos. Recentemente, tivemos a felicidade de receber os primeiros pacientes do Cora e, em breve, poderemos entregar o HEF como um novo polo de saúde, referência em cardiologia e outras especialidades”.
Vista área do Hospital de Formosa: unidade passa por obras de reforma, adequação e ampliação (Foto: Goinfra)
Capacidade de atendimento triplicada
A etapa de reforma propriamente dita ainda não foi iniciada e terá início após a entrega do novo pronto-socorro, abrangendo o antigo setor de emergência, áreas administrativas e de convivência. Também está em fase de licitação a pavimentação do estacionamento e dos acessos internos. Parte da modernização do hospital já beneficia diretamente os usuários, com a entrega da sala de tomografia e do novo pronto-socorro psiquiátrico, ambos em funcionamento.
A obra vai quadruplicar a área construída da unidade, que passará de 5 mil para 21 mil metros quadrados, com a implantação de novas alas para abrigar 298 leitos de internação, sendo 40 de UTI — divididos entre atendimentos adulto, neonatal, pediátrico e coronariano.
A unidade também contará com cinco salas cirúrgicas destinadas a procedimentos de média e alta complexidade, além de um novo Pronto-Socorro Ginecológico e Obstétrico, com dois consultórios, quatro leitos de medicação, dois leitos de observação e espaço dedicado à internação psiquiátrica.
Com todos os aprimoramentos, a capacidade de atendimento da unidade, atualmente em 85 leitos, será mais que triplicada, posicionando o HEF como uma futura referência estadual em diversas áreas de atendimento, beneficiando, principalmente, moradores do Entorno do Distrito Federal (DF) e do Nordeste goiano.
Mais saúde na região do Rio Vermelho
No Norte do estado, as obras de construção da Policlínica de Mozarlândia seguem em ritmo acelerado. Atualmente, os trabalhos se concentram no bloco do ambulatório, o mais adiantado, com serviços de alvenaria, reboco, chapisco e montagem da estrutura metálica da cobertura.
As fundações de todos os blocos já foram concluídas, e as próximas etapas incluem a execução da superestrutura, construção da guarita, terminal de espera e terminal de resíduos. A previsão de entrega da unidade é maio de 2026.
Edificada nas proximidades da GO-164, no entroncamento com a Rua Governador Valadares, a unidade foi planejada para atender não apenas os cerca de 15 mil moradores do município, mas também mais de 200 mil habitantes da região do Rio Vermelho. Segundo Pedro Sales, a construção da unidade integra o plano de regionalização da saúde iniciado em 2019 pelo Governo de Goiás.
Pedro Sales reforça que a policlínica será um apoio para desafogar as unidades existentes em Mozarlândia e região.
“Terá uma estrutura que vai beneficiar toda a região do Rio Vermelho. Com isso, famílias terão mais qualidade de vida, uma vez que não serão mais obrigadas a se deslocar para grandes centros urbanos para realização de uma ampla gama de tratamentos e procedimentos”, afirma.