A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 16, que “o governo é contra a anistia” a Jair Bolsonaro e outros réus condenados por tentativa de golpe de Estado para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O governo é contra a anistia. Além de imoral é inconstitucional. Nem terminou o julgamento e já há pressão para pautar. Vamos nos posicionar contra e trabalhar para derrubar o pedido de urgência”, disse a ministra.
Líderes da Câmara dos Deputados se reuniram esta manhã para decidir se o projeto de lei da anistia irá ao plenário ou não. Há pressão por parte da oposição para que um pedido de urgência, para acelerar a tramitação da proposta, seja votado nesta semana. Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, deputados de oposição projetam mais de 300 votos em favor do requerimento de urgência para uma anistia moderada, enquanto governistas sustentam que há condições de derrubar o pedido, em votação acirrada. Caso a anistia inclua Bolsonaro, parlamentares avaliam que a aprovação do mérito pode ser mais difícil.
Gleisi Hoffmann se reúne esta tarde com ministros do Centrão, apurou o Estadão/Broadcast. O encontro acontece de olho na votação do projeto de anistia aos réus e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de Estado. São esperados para a reunião os ministros do PSD, MDB, PP e União Brasil. A reunião foi chamada após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ter anunciado que vai discutir na quarta-feira, 17, a proposta da anistia. A decisão foi anunciada após reunião de líderes nesta terça-feira.
“Amanhã, convoquei nova reunião de líderes para deliberar sobre a urgência dos projetos que tratam do acontecido em 8 de janeiro de 2023”, disse Motta, em publicação no X.
Por: Estadão Conteúdo