Filme ‘Paraíso’, de Ana Rieper, vence mostra competitiva do CineOP

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A CineOP, Mostra de Cinema de Ouro Preto, é um festival diferente dos outros. Trabalha com preservação, história e educação. Este ano, no entanto, o festival deu um passo adiante e introduziu uma mostra competitiva em sua programação. Mas o fez à sua maneira. Disputavam filmes que utilizam material de arquivo em sua estrutura. O júri, formado por Alex Sandro Cavalheiros de Moura, diretor do Museu da Inconfidência; Marcus Mello, programador e crítico de cinema, e Sheila Schvarzman, historiadora e professora universitária, escolheu como vencedor Paraíso, de Ana Rieper.

É um estudo bastante inspirado e em ritmo de livre associação desse quebra-cabeça chamado Brasil. Tenta abarcar as mazelas nacionais a partir da herança escravocrata, da posse violenta da terra, da venalidade política, de todas as forças e contradições que estão na raiz de desigualdades que parecem insolúveis e inabordáveis. Há muitas questões deixadas em aberto, que o documentário não procura elucidar, mas sugere esses desvios de origem como responsáveis pela estrutura sólida do nosso desencanto.

Na cerimônia de encerramento da 20.ª CineOP, na Praça Tiradentes, no dia 1º, depois da premiação houve a apresentação de O Garoto, clássico de Chaplin de 1921, com acompanhamento ao vivo de três bravas musicistas que enfrentaram o frio e encantaram o público com sua trilha de chorinhos interpretados por violino, violoncelo e flauta. Não haveria maneira melhor de encerrar este belo festival.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Por:Estadão Conteúdo

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