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Falas de árbitros levam Real Madrid a protestar sobre final da Copa do Rei


O Real Madrid reagiu à entrevista coletiva do árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea, responsável por apitar a final da Copa do Rei, neste sábado, entre o time madrilenho e o Barcelona. O juiz reclamou dos ataques sofridos pelo clube, que rebateu argumentando que as falas foram “infelizes e inapropriadas”.

Tudo começou quando foi definida a arbitragem da partida. O Real Madrid, então, publicou, em sua TV, um compilado de lances nos quais Bengoetxea teria beneficiado adversários.

Um dia depois, na véspera da decisão, Bengoetxea concedeu uma entrevista coletiva e respondeu sobre o material divulgado pela TV oficial do clube. Ele chegou a se emocionar durante o desabafo.

“Quando um filho vai à escola e escuta de outras pessoas que o pai é ladrão, é um verdadeiro sofrimento. Tudo o que estou tentando fazer é educá-lo para que saiba que o pai é honesto. Que ele erra como qualquer esportista. Isso é muito ruim e não desejo a ninguém”, afirmou.

Não foi a primeira vez que a RMTV criticou a arbitragem espanhola. A relação do clube com Bengoetxea, porém, tem um histórico particular. Além de apitar da La Liga, o juiz foi o árbitro da semifinal da Supercopa da Espanha, entre Real Madrid e Mallorca, na Arábia Saudita.

A partida foi marcada por discussões e embates entre os jogadores. Um dos que mais apareceu nesse sentido foi Vini Jr. As reclamações iam no sentido de não marcação de faltas. Mesmo assim, o Real Madrid venceu por 3 a 0.

Um mês depois, o clube se irritou com decisões dos juízes na derrota por 1 a 0 para o Espanyol, pela La Liga. Houve cobranças por uma expulsão do lateral-esquerdo Carlos Romero, por falta em Mbappé. Vini Jr. também teve um gol anulado. Os dois pontos levaram o Real Madrid a apresentar uma queixa à Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e ao Conselho Superior de Esportes (CSD).

Na época, o clube questionou as decisões também via RMTV, alegando uma conspiração contra o clube. Foram pedidas a demissão de Carlos Clos Gomez, ex-árbitro e chefe do VAR na Espanha, e a saída do presidente da RFEF, Rafael Louzan.

No fim, os árbitros Muñiz Ruiz e Iglesias Villanueva, o principal em campo e o do VAR, respectivamente, que atuaram no jogo contra o Espanyol, foram suspensos por tempo indeterminado. A decisão partiu do Comitê Técnico de Árbitros, que concordou com a necessidade de expulsão de Romero por falta em Mbappé.

Outro ponto batido pelo Real Madrid é a relação de um ex-integrante do comitê de arbitragem com o Barcelona. O clube acusa o ex-vice-presidente do órgão, José Maria Enriquez Negreira, de receber pagamentos do clube catalão.

A quantia de 7,3 milhões de euros (R$ 47,16 milhões) teria sido paga pelo Barcelona para uma empresa de Negreira por um serviço de consultoria. Segundo o clube, foram fornecidos relatórios sobre a arbitragem profissional.

Em nota, o Real Madrid disse considerar “inaceitáveis” as falas de Bengoetxea nesta sexta-feira. “Esses protestos, que surpreendentemente chamaram a atenção para vídeos de um meio de comunicação protegido pela liberdade de expressão, como a Real Madrid TV, realizados, deliberadamente, 24 horas antes contra um dos participantes da final, demonstram, mais uma vez, a clara e manifesta animosidade e hostilidade desses árbitros em relação ao Real Madrid”, diz um trecho do texto.

Duas horas depois, o clube publicou um novo comunicado. Na nova nota, é negado que tenha sido considerada a possibilidade de o Real Madrid desistir da partida. Novamente, houve críticas contra Bengoetxea.

“Nosso clube entende que as declarações infelizes e inapropriadas feitas pelos árbitros designados para esta partida, feitas 24 horas antes da final, não podem manchar um evento esportivo de importância global que será assistido por centenas de milhões de pessoas, e por respeito a todos os torcedores que planejam viajar para Sevilha e a todos que já estão na capital andaluza”, escreveu o clube.

A partida entre Real Madrid e Barcelona ocorre no Estádio Olímpico de La Cartuja, em Sevilha, neste sábado, às 17h (de Brasília). Os catalães são os maiores campeões do torneio, com 31 títulos. Atrás deles, está o Athletic Bilbao, com 24, seguido pelo Real Madrid, com 20.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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