FA anuncia que não vai recorrer contra decisão que inocentou Lucas Paquetá

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Pouco mais de um mês após decidir pela inocência de Lucas Paquetá, a Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira que não vai recorrer da decisão que inocentou o meio-campista brasileiro. Na prática, a decisão encerra o caso no futebol inglês.

“A FA não irá recorrer das alegadas violações da Regra E5 da FA que foram consideradas não comprovadas pela Comissão Reguladora”, avisou a FA em comunicado, após divulgar o relatório de 314 páginas no qual apresenta a investigação e as conclusões da comissão independente que julgou o caso.

A Comissão Reguladora considerou não haver provas de envolvimento do brasileiro em casos de manipulação de resultados. Como consequência, liberou o atleta para defender o West Ham na nova temporada europeia, iniciada no mês passado. A decisão foi anunciada no dia 31 de julho.

No entanto, a FA divulgou nesta quarta que ainda vai decidir sobre uma sanção ao brasileiro por não colaborar com as investigações. “A Comissão Reguladora decidirá sobre uma sanção adequada para as violações da Regra F3 da FA que foram consideradas comprovadas e os detalhes serão publicados assim que possível.”

“A FA está empenhada em garantir a manutenção da integridade do futebol e serão sempre realizadas investigações completas e exaustivas sobre alegações graves de violação das regras”, completou a entidade.

Paquetá havia sido denunciado em maio de 2024 pela FA sob acusação de ter violado as regras de conduta relacionada a apostas esportivas em quatro partidas do Campeonato Inglês. Os jogos citados foram contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, em 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023; e ainda contra o Bournemouth, em 12 de agosto do mesmo ano. O atleta levou cartão amarelo nesses quatro confrontos.

Desde que foi denunciado, o brasileiro alegou ser inocente da acusação de ter violado a Regra E5.1: “Um participante não deve, direta ou indiretamente, tentar influenciar para fins indevidos o resultado, o andamento, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com uma partida ou competição de futebol”.

Após a decisão, o jogador celebrou a decisão em suas redes sociais. “Desde o primeiro dia desta investigação, mantive a minha inocência contra essas acusações gravíssimas. Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto dou grato a Deus e quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto. À minha esposa, que não soltou a minha mão, ao West Ham, aos torcedores que sempre me apoiaram, ao Fernando Malta e minha equipe jurídica da LEVEL, obrigado por tudo.”



Por: Estadão Conteúdo

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