O Ministério da Saúde (MS) anunciou nesta terça-feira, 23, a ampliação da faixa etária para o rastreamento do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de outubro, o exame passará a incluir mulheres de 50 a 74 anos. Antes, o limite era de 69 anos. A novidade faz parte de uma série de novas recomendações para a detecção precoce da doença.
Mesmo sem sinais ou sintomas da doença, a cada dois anos, essas mulheres serão chamadas para realizar mamografias de forma preventiva. A pasta considera que o envelhecimento é um dos principais fatores de risco para o câncer de mama e segue as orientações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomendam a ampliação da cobertura para garantir diagnóstico precoce e maior chance de tratamento eficaz.
As novas recomendações também trazem novidades para o público entre 40 e 49 anos. Mulheres nessa faixa etária terão acesso garantido a mamografias mesmo sem sinais ou sintomas de câncer, mas sem periodicidade pré-definida.
Serão revogadas regras anteriores que dificultavam o atendimento e promoviam o rastreamento “sob demanda”, ou seja, a partir de uma decisão conjunta entre a paciente e o profissional de saúde. A nova orientação é que o profissional informe sobre os benefícios e as desvantagens do exame – mas a decisão final é da paciente.
No Brasil, o câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres e representa a principal causa de morte por câncer nessa população. Segundo o MS, em 2022, o País registrou 19 mil mortes por câncer de mama, com maior concentração no Sudeste, que somou 9.374 óbitos, seguido pelo Nordeste, com 4.195; Sul, com 3.340; Centro-Oeste, com 1.289; e Norte, com 905.
Nesse mesmo ano, foram contabilizados 37.096 novos casos da doença, a maioria entre mulheres de 50 a 59 anos (26,2%), 40 a 49 anos (22,6%) e 60 a 69 anos (22,3%), mas também com incidência em idades mais avançadas, como acima dos 75 anos (10,1%), e em faixas etárias mais jovens, como de 30 a 39 anos (8,6%).
“Nossa missão é fazer o Outubro Rosa mais potente da história do SUS neste ano”, destacou Alexandre Padilha, ministro da Saúde, em coletiva de imprensa. “Cada vez mais o câncer de mama vem se consolidando como a principal causa de morte no Brasil e nos Estados brasileiros. Em algumas regiões, o câncer de colo de útero era a principal causa, mas os números, felizmente, foram reduzindo, enquanto os de câncer de mama foram aumentando.”
“As mulheres são a maioria da população, a maioria das profissionais de saúde, a maioria dos usuários do sistema público de saúde, a maioria das pessoas envolvidas no cuidado com outras pessoas e a maioria como chefes de família. Então, não tem nada que não justifique a gente ter a saúde integral das mulheres como principal agenda do SUS”, adicionou.
Distribuição de medicamentos
A partir de outubro, o SUS também passará a contar com novos medicamentos e terapias. As incorporações fazem parte do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico para a doença, que tem como objetivo aprimorar o tratamento oncológico, aumentar as chances de cura e garantir a sustentabilidade financeira do sistema de saúde.
A pasta também fará, em outubro, um investimento de R$ 17,9 milhões no programa “Agora tem Especialistas”, que leva atendimento médico à população por meio das Carretas de Saúde da Mulher. A iniciativa conta com 27 veículos operando em 22 Estados.
O projeto visa reduzir o tempo de espera no SUS, oferecendo diagnósticos e tratamentos para câncer de mama e de colo de útero. Cada carreta tem capacidade para realizar até 120 mil atendimentos por mês em todo o País, incluindo consultas, teleconsultas, terapias e exames essenciais, como biópsias, mamografias e ultrassonografias transvaginais.
Por: Estadão Conteúdo
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