Ex-ministro de Bolsonaro buscou alternativas para fuga de Mauro Cid, aponta PGR


Ao pedir a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que há “forte possibilidade” de que ele tenha tentado ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a planejar uma fuga do Brasil.

O Estadão busca contato com a defesa do ex-ministro.

No dia 12 de maio, Gilson Machado procurou o Consulado de Portugal no Recife. Segundo a Procuradoria-Geral da República, o objetivo era obter um passaporte português para Mauro Cid e, com isso, “viabilizar sua saída do território nacional”. O documento não foi emitido.

Em manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República Paulo Gonet defendeu que há indícios dos crimes de favorecimento pessoal e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa.

Segundo o procurador-geral, a fuga teria sido articulada “tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual” da ação penal da trama golpista, em que Mauro Cid é um dos réus. O tenente-coronel fechou delação premiada no processo.

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, escreveu o procurador-geral.

Quando a investigação foi aberta, na última quarta-feira, 11, o ex-ministro negou as acusações e alegou que só entrou em contato com o consulado português para ajudar o pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, a renovar o passaporte.

A defesa de Mauro Cid também nega qualquer plano de fuga. Os advogados Cezar Bitencourt, Vania Adorno Bitencourt e Jair Alves Pereira, que representam o tenente-coronel, comunicaram em fevereiro ao STF que ele tem carteira de identidade portuguesa e se ofereceram para entregar o documento se Moraes considerasse necessário.

A Polícia Federal está atenta às movimentações do ex-ministro do Turismo desde que ele criou, por meio de seu perfil no Instagram, uma “vaquinha” para Bolsonaro, em maio.

Gilson Machado afirmou nas redes sociais que o ex-presidente precisa de ajuda para pagar médicos, advogados e enviar dinheiro para o filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos. A campanha arrecadou mais de R$ 1 milhão.

Quando prestou depoimento à Polícia Federal na semana passada, sobre a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, o ex-presidente foi questionado sobre a iniciativa e negou envolvimento na campanha.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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