O pote de petiscos sempre cheio e a rotina atividade física podem parecer inofensivos, mas estão entre os fatores que mais contribuem para o ganho de peso dos animais de estimação. No Brasil, inclusive, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), mais de 40% dos cães apresentam sobrepeso e obesidade no município e na região metropolitana de São Paulo.
“Ambientes sem rotina alimentar, com excesso de petiscos e pouca atividade física, além da escolha errada ou quantidade inadequada do alimento, favorecem a obesidade de forma silenciosa e progressiva. Muitas pessoas não percebem que o ambiente no qual o pet vive exerce influência direta sobre seu comportamento alimentar e seu gasto energético”, destaca a médica-veterinária Mayara Andrade, da Guabi Natural, da BRF Pet.
Identificar se o ambiente doméstico favorece o ganho de peso é o primeiro passo para prevenir a obesidade em cães e gatos. “A forma como a gente vive influencia diretamente a saúde do nosso pet. Se temos uma rotina sedentária e cheia de excessos, é comum que o animal entre no mesmo ritmo. Além disso, a dificuldade do tutor/responsável em reconhecer o ganho de peso como algo prejudicial e não ‘fofo’ é algo que também contribui para o aumento de peso”, explica Mayara Andrade.
Segundo ela, um “ambiente obesogênico” é aquele espaço onde o pet tem fácil acesso a petiscos e restos de comida, que não existe uma rotina de passeios ou brincadeiras, além da falta estímulo físico e mental, e ainda pode haver excesso de recompensas alimentares, entre outros fatores.
“Quando não há controle sobre porções, todos os membros da casa oferecem comida, não há passeios ou estímulos físicos, criamos um cenário perfeito para a obesidade se instalar. Por isso é tão importante a escolha e manejo adequado dos alimentos, sempre com orientação do médico-veterinário que acompanha o pet“, completa.
A médica-veterinária orienta que o tutor deve ficar atento a sinais que podem indicar que o animal está acima do peso, como dificuldade para se locomover ou subir escadas, respiração ofegante com facilidade, desaparecimento da cintura (o corpo fica com formato cilíndrico) e aumento no volume do abdômen, a “famosa barriguinha”.
“Se notar algum desses sinais, é importante procurar o veterinário que acompanha o pet. Somente um profissional pode avaliar a condição corporal e sugerir o melhor plano alimentar e de atividade física”, recomenda Mayara Andrade.
Embora existam raças com predisposição genética, como labradores, golden retrievers, buldogues e gatos sem raça definida, além de condições como a castração, os hábitos do dia a dia são decisivos no controle do peso. Para evitar o ganho excessivo, a recomendação é oferecer alimentos completos e adequados para as necessidades individuais do pet, nas quantidades indicadas, com acompanhamento veterinário para ajustes individuais.
“A quantidade recomendada na embalagem é uma média. Cada animal tem seu próprio metabolismo, e o ideal é monitorar o peso e a condição corporal com o apoio do veterinário. A tabela de recomendação é um ponto de partida e deve servir como referência inicialmente. Ajustes para mais ou menos podem ser feitos para atender as necessidades individuais de cada pet“, explica Mayara Andrade.
Adotar alguns hábitos em casa pode ajudar a prevenir a obesidade em cães e gatos. A médica-veterinária indica:
A médica-veterinária explica que os alimentos lightsão completos, formulados para pets saudáveis com tendência ao ganho de peso, ajudando na manutenção do peso ideal por meio de menor teor de gordura e calorias, além de mais fibras e proteínas.
Já os alimentos para obesos são classificados como coadjuvantes, pois auxiliam no tratamento da obesidade. Eles possuem formulação especial, regulamentação específica e, apesar de restrições maiores de calorias e gorduras, também oferecem todos os nutrientes necessários, dispensando suplementação.
“Na escolha do alimento, pets com sobrepeso (até 30% acima do ideal) se beneficiam de alimentos light, enquanto animais com obesidade (acima de 30% do peso ideal) precisam de alimentos específicos para obesos, que promovem redução de peso de forma segura e sem perda de massa muscular. A decisão deve ser feita com orientação veterinária”, explica.
A reeducação alimentar e física do pet só funciona se toda a família estiver envolvida. “Não adianta um tutor seguir o plano enquanto outro continua oferecendo restos da mesa. A mudança precisa ser para todos”, reforça Mayara Andrade, que acrescenta: “E mesmo quando o pet alcança o peso ideal, os cuidados devem continuar. Animais que já enfrentaram obesidade têm maior tendência a engordar novamente”.
Por Roberta Muller
Fonte: Portal EdiCase
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