O cuidado com a pele vai além dos cremes e tratamentos estéticos: ele começa de dentro para fora. Manter uma dieta nutritiva e equilibrada garante o fornecimento de vitaminas, minerais e antioxidantes que contribuem para a saúde cutânea. Quando bem nutrida, a pele tende a se manter firme, com elasticidade preservada e um brilho natural que reflete o equilíbrio do organismo.
“Já dietas com excesso de açúcar, frituras e alimentos ultraprocessados podem agravar quadros de acne, levar ao envelhecimento precoce, piora da oleosidade e sensibilidade cutânea. Ou seja: sim, o que comemos aparece na pele”, explica a dermatologista Dra. Daniela Suzuki Locatelli, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP).
No entanto, para manter a saúde da pele não é necessário eliminar um alimento específico da dieta. Segundo o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, diretor de comunicação da SBD-RESP, é importante avaliar a alimentação como um todo.
“Dependendo do contexto alimentar do paciente, de como é a sua dieta, há uma influência positiva ou negativa dos alimentos na pele. Essa influência é ligada principalmente a três processos que estão altamente relacionados: oxidação (maior produção de radicais livres), inflamação e glicação (endurecimento das fibras de colágeno por excesso de açúcares na dieta). Esses processos estão ligados ao aparecimento acentuado de rugas, flacidez e manchas”, explica.
O consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar pode impactar a aparência e a saúde da pele. “A reação de açúcares com o colágeno resulta nos famosos AGEs (Advanced Glycation End Products), que danificam as fibras da pele, causando flacidez, rugas, perda de elasticidade e também manchas”, explica a Dra. Maísa Fabri Mazza, dermatologista e membro da SBD-RESP. Por isso, mesmo com uma rotina de skincare, não cuidar da alimentação pode comprometer os resultados dos cuidados com a pele.
“O colágeno e a elastina são responsáveis pela firmeza e elasticidade da pele. Quando são afetados pela glicação, tornam-se mais rígidos e quebradiços, favorecendo o aparecimento de rugas e flacidez. A glicação também prejudica a capacidade do corpo de fazer neocolagenese, ou seja, produzir novas fibras de colágeno, tornando a pele mais fina e flácida. E o excesso de açúcar no organismo gera um ambiente inflamatório generalizado, aumentando a produção de radicais livres que estão envolvidos no processo de envelhecimento da pele”, completa a dermatologista Dra. Thais Guerreiro, membro da SBD-RESP.
Mas não é só o excesso de açúcar que afeta a qualidade da pele. “Recomendamos também a diminuição no consumo de alimentos cozidos em altas temperaturas, torrados ou grelhados em excesso, que apresentam consistência marrom/crocante. O consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o sedentarismo também podem contribuir para a produção de AGEs. E outros fatores externos que podem aumentar o conteúdo de AGEs na pele incluem a exposição à poluição, aos metabólitos da fumaça do tabaco e à luz UV (ultravioleta)”, destaca a Dra. Maísa Fabri Mazza.
Por outro lado, dietas muito restritivas ou que eliminam grupos alimentares inteiros podem causar deficiências nutricionais, afetando negativamente a pele e os cabelos. “Ressecamento, surgimento ou piora da acne, queda de cabelos e unhas frágeis são sinais comuns. O ideal é buscar um caminho equilibrado, que respeite seu corpo e suas necessidades”, explica a Dra. Daniela Suzuki.
Conforme o Dr. Daniel Cassiano, quando a pessoa segue dietas muito restritivas ou consome alimentos pobres em nutrientes, o corpo passa a priorizar apenas as funções vitais, como manter os órgãos em atividade. Nesse processo, ele deixa de enviar nutrientes e oxigênio suficientes para estruturas que não são consideradas essenciais para a sobrevivência imediata, como a pele e o cabelo.
“Por esse motivo, um dos principais sintomas físicos de uma alimentação deficitária é a queda de cabelos (eflúvio telógeno). Com relação à nutrição, anemia ferropriva e deficiência de zinco, a vitamina B12 e vitamina D podem também ser causas desse tipo de queda capilar. O excesso de açúcar na dieta também pode comprometer a saúde dos folículos capilares aumentando a possibilidade de eflúvio”, alerta.
Segundo a Dra. Thais Guerreiro, alguns hábitos de vida e modificações na dieta podem favorecer a saúde da pele. “Alimentos antioxidantes combatem os radicais livres e reduzem a inflamação causada pela glicação. Então, devem ser consumidas frutas vermelhas, chá-verde, vegetais verde-escuros (espinafre, couve) e cacau 70% ou mais. As proteínas e gorduras saudáveis ajudam na reparação do colágeno. Podemos ingerir peixes ricos em ômega 3 (salmão, sardinha), abacate, nozes e amêndoas, além do azeite de oliva extravirgem”, lista.
Além da alimentação, hábitos diários de hidratação, atividade física e sono adequado também são fundamentais para manter a pele saudável. “Também é importante beber bastante água, para manter a pele hidratada e favorecer a eliminação de toxinas. Exercícios físicos regulares melhoram a circulação e reduzem a inflamação no organismo. E o sono adequado ajuda na reparação celular e reduz os danos causados pelo açúcar”, explica a médica.
Apesar dos hábitos de vida e modificações na dieta, o Dr. Daniel Cassiano alerta que é fundamental observar os sinais e buscar orientação profissional quando necessário. “Os sinais que a pele apresenta devem ser analisados pelo dermatologista, que investigará as possíveis causas. Portanto, o melhor a fazer é se consultar com um médico”, finaliza.
Por Paula Amoroso
Fonte: Portal EdiCase
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