Em 24 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, uma doença erradicada no Brasil desde 1990, mas que ainda representa risco real à saúde pública. A preocupação volta a crescer diante da queda nas taxas de vacinação infantil, que vêm ficando abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
A poliomielite é uma doença viral e infecciosa que atinge o sistema nervoso central, podendo causar paralisia irreversível. Entre os sintomas, estão febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço e fraqueza muscular que pode evoluir para paralisia flácida. A doença não tem cura, apenas tratamento para aliviar sintomas e sequelas, que são principalmente motoras.
Conforme a Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2023, o índice de imunização contra a doença no Brasil ficou 10% abaixo da meta. O pior resultado na série histórica (desde 2009) ocorreu em 2021, com cobertura de apenas 71%.
Desde 2016, a adesão à vacinação contra poliomielite vem caindo no país, o que fez a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, incluir o Brasil na lista das nações que correm o risco da reintrodução do vírus da pólio.
“É um momento de alerta. O vírus da pólio não desapareceu do mundo. Enquanto houver casos ativos em algum país, os demais continuam vulneráveis. A vacinação é a única forma de evitar o retorno da doença”, reforça Fernando de Oliveira, infectologista e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Luiz Morumbi, da Rede D’Or.
Segundo Fernando de Oliveira, o Brasil foi referência mundial nas campanhas de imunização nas décadas de 1980 e 1990, mas o crescimento da desinformação e a sensação equivocada de segurança levaram muitos pais a deixarem de vacinar seus filhos. “Há uma geração inteira de pais que nunca viu um caso de poliomielite e, por isso, subestima o risco. A poliomielite não tem cura e pode causar paralisia permanente. Só a vacina garante proteção”, explica.
O médico lembra ainda que a vacina contra a pólio passou por uma atualização nos últimos anos: as tradicionais gotinhas foram substituídas pela versão injetável, que contém o vírus inativado, tornando o imunizante ainda mais seguro.
Erradicada no Brasil há mais de três décadas, a poliomielite segue endêmica em países como Afeganistão e Paquistão, e surtos pontuais têm sido registrados em outras regiões do mundo. “O risco de reintrodução é real, principalmente em locais com baixa cobertura vacinal. Por isso, é fundamental que as famílias mantenham o calendário de vacinação das crianças em dia”, alerta Fernando de Oliveira.
Na data de conscientização e combate à doença, o especialista Fernando de Oliveira destaca informações importantes sobre a vacinação contra a pólio:
Por Samara Meni
Fonte: Portal EdiCase
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