Enchentes levaram a menor crescimento na economia do RS em 2024 sem contar o agro, diz BC


As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano passado levaram a um menor crescimento do Estado, quando desconsiderado o desempenho da agropecuária. A conclusão é de um box do Boletim Regional do Banco Central, publicado antecipadamente nesta quarta-feira, 21.

“Excluída a produção agropecuária, o crescimento da economia do RS foi menor do que o do restante do Brasil em 2024. Em parte, isso se deveu às enchentes de maio, que resultaram em contração aguda da atividade econômica no mês, com recuperação ao longo do ano”, afirma o BC, no estudo.

O Índice de Atividade Econômica Regional da autarquia (IBCR) relativo ao Estado cresceu 2,7% no ano passado, contra uma alta de 3,8% na média das demais Unidades da Federação, quando desconsiderada a agropecuária. O maior impacto foi observado no setor de serviços, que contraiu 7,3% no Rio Grande do Sul, mas se expandiu 3,6% na média do restante do País.

Os danos à produção agrícola do Estado foram mitigados porque grande parte das lavouras de verão já havia sido colhida no momento das enchentes, explica o BC. Ainda assim, houve efeitos sobre a soja, e perdas relativamente menores em milho e arroz.

Entre os componentes dos serviços, as maiores diferenças são observadas nos serviços prestados às famílias (que caíram 5,8%, contra alta de 5,0% no Brasil) e atividades turísticas (-14,3%, contra alta de 4,3%).

“Esses segmentos sofreram impactos relevantes da mudança do padrão de consumo da população – que priorizou a aquisição de bens essenciais e aqueles requeridos para a reconstrução e reequipagem dos lares -, do fechamento por período prolongado do principal aeroporto do Estado e da menor movimentação de pessoas e bens”, diz a autarquia. “O retorno ao nível pré-enchente tem ocorrido gradualmente.”

A indústria de transformação também cresceu menos no Estado, com alta de 0,6%, contra 3,9% no restante do País. Segundo o BC, os dados sugerem que o setor ainda operava um pouco abaixo do seu nível normal no fim do ano passado, possivelmente por causa de dificuldades logísticas associadas a estragos em rodovias. O varejo ampliado avançou 9,3% no Estado e 3,4% na média das demais UFs.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Criciúma vence duelo direto diante do Novorizontino e entra no G-4 da Série B

O Criciúma está de volta ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Na noite…

44 minutos ago

Marcelo Melo e Rafael Matos garantem vaga na final do ATP 250 de Winston-Salem

A dupla formada pelo mineiro Marcelo Melo e pelo gaúcho Rafael Matos derrotaram o indiano…

1 hora ago

Moraes e Mendonça divergem sobre autocontenção do Judiciário em evento no Rio

Os ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiram nesta…

1 hora ago

Zambelli é condenada pela segunda vez pelo STF; pena é de 5 anos e 3 meses

Por Redação, O Estado de S. Paulo - 22/08/2025 22:24 O plenário do Supremo Tribunal…

2 horas ago

Marcos do Val contraria medidas do STF e mostra tornozeleira eletrônica em live

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) desobedeceu as medidas cautelares que lhe foram impostas pelo…

2 horas ago

Malafaia pede passaporte de volta e diz não ser ‘covarde, medroso e fujão’

Em vídeo publicado no seu X (antigo Twitter) nesta sexta-feira, 22, o pastor Silas Malafaia…

2 horas ago

This website uses cookies.