Empresas se estabeleceram após Bolsonaro acabar com revalidação dos descontos, diz Wolney


O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, afirmou nesta quinta-feira, 15, que as empresas investigadas na Operação Sem Desconto – que investiga as fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – se estabeleceram após o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, acabar com a revalidação dos descontos em benefícios. Segundo Wolney, a partir daí as empresas “100% fraudulentas se sentiram livres para passar uma enormidade de descontos não autorizados”.

“Nesse interregno, entre 2019 e 2022, que o ladrão entra na casa. Por que eu digo que o ladrão entra na casa? Porque o fim da revalidação e a expectativa anterior que houvesse a revalidação, fez com que cerca de 11 empresas novas se credenciassem no INSS. Essas empresas que agora descobrimos que eram 100% fraudulentas. A maior parte delas se estabeleceu nesse período. Nesse período, elas se estabeleceram, alcançaram o credenciamento, que é o Acordo de Cooperação Técnica com o INSS, e começaram a operar”, relatou.

Após implicar o governo Jair Bolsonaro nas fraudes, Wolney destacou que “foi um órgão do governo (a Controladoria-Geral da União) que mandou chamar a polícia para apurar o saque que estava acontecendo das associações fraudulentas no bolso dos aposentados e pensionistas”.

“Houve uma resposta firme do governo, deflagrando a operação sem desconto pela Polícia Federal e CGU em abril de 2025, mostrando uma tolerância zero. O governo agiu prontamente para identificar os responsáveis e proteger os beneficiários”, frisou, destacando medidas como a suspensão imediata e o bloqueio total dos descontos.

O ministro deu ênfase, por exemplo, ao bloqueio de R$ 2,56 bi para início do ressarcimento a aposentados – valores que foram bloqueados preventivamente pelo INSS e devem ser devolvidos para os beneficiários em breve. Segundo Wolney, a “fraude no INSS não começou agora, mas terminou neste governo” e haverá punição aos envolvidos na fraude.

O ministro da Previdência participou de sessão da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado para prestar informações sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido de audiência foi feito pelos senadores Sergio Moro (União-PR), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO)



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

MPF pede suspensão do CNU 2025 por falhas em cotas raciais e falta de transparência

Por Redação O Estado de S. Paulo - 05/07/2025 09:34 O Ministério Público Federal (MPF)…

16 minutos ago

O que é estupro virtual? Operação revela que adolescentes são vítimas do crime nas redes

Mudanças na lei há mais de uma década e meia levaram ao entendimento de que…

24 minutos ago

Leclerc põe Ferrari à frente do 3º treino do GP da Inglaterra de F-1; Bortoleto roda, mas é 16º

Em intensa disputa entre a Ferrari e a McLaren, Charles Leclerc cravou o melhor tempo…

36 minutos ago

Irã intensifica posição contra existência de Israel, amplia exigências e complica fala do Brics

Os ataques de Israel e dos Estados Unidos ao Irã complicaram ainda mais um consenso…

2 horas ago

Weverton não admite falha e fala em falta de sorte do Palmeiras no Mundial de Clubes

Weverton não reconheceu que falhou no gol que definiu a vitória do Chelsea por 2…

2 horas ago

Comissão aprova que sinais de escolas sejam substituídos por música para conforto de autistas

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou nesta sexta-feira, 4, projeto de lei…

2 horas ago

This website uses cookies.