Categories: Últimas Notícias

Empresários criaram offshores em paraíso fiscal para lavar dinheiro desviado de emendas, diz PF


A Polícia Federal afirma que os irmãos Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, empresários do ramo de construção investigados na Operação Overclean, montaram um “sofisticado e estruturado esquema de lavagem de capitais e ocultação patrimonial”.

O Estadão pediu manifestação da defesa. Em nota na terceira fase da Overclean, deflagrada neste mês, o advogado Sebástian Mello, que representa os empresários, afirmou que “todos os fatos serão oportunamente esclarecidos perante as autoridades competentes, assim que tiverem pleno acesso à decisão e demais elementos dos autos”.

A PF descobriu que, em novembro de 2024, eles constituíram três empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe, – a Lexpar Capital & Assets Corp, a Biopar Capital & Assets Corp e a Flap Jet Assets Management Corp.

“A criação dessas estruturas offshore denota o claro objetivo de dificultar o rastreamento dos recursos ilícitos e assegurar a blindagem patrimonial dos valores provenientes do esquema criminoso em investigação”, afirma a PF em um relatório da Overclean.

Os investigadores agora buscam identificar o valor exato remetido ao exterior. Segundo a PF, o “caráter insidioso e complexo do método empregado” vem dificultando o trabalho.

A Polícia Federal tomou conhecimento das empresas a partir de mensagens encontradas no celular de Fábio e de documentos apreendidos na sede da empresa Larclean Saúde Ambiental Ltda.

Além da constituição das offshores, os empresários também teriam usado contratos particulares, conhecidos como “contratos de gaveta”, para ocultar a propriedade de imóveis comprados com recursos ilícitos, segundo a PF.

Alex é apontado como “responsável por deliberações estratégicas do planejamento à execução das ações ilícitas”. Fábio seria o operador financeiro e mentor do esquema.

Quando a primeira fase da operação foi deflagrada, em dezembro de 2024, policiais federais apreenderam R$ 1,5 milhão com Alex Parente em um jatinho em Brasília.

O inquérito da Operação Overclean foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque o deputado Elmar Nascimento (União-BA), que tem foro privilegiado, foi citado. Ele nega irregularidades e afirma que o parlamentar que indica emendas “não tem competência e nem se torna responsável pela execução das verbas e pela fiscalização das respectivas obras e serviços”.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Boxe brasileiro garante quatro lugares no pódio no Mundial de Liverpool

O boxe brasileiro garantiu, nesta quarta-feira, quatro medalhas no Mundial de Liverpool, na Inglaterra. Rebeca…

4 minutos ago

SP Open: Luisa Stefani e Timea Babos vencem em estreia das duplas

A brasileira Luisa Stefani e a húngara Timea Babos iniciaram a chave de duplas do…

10 minutos ago

Lula diz que enviará projeto de lei para incentivar futebol feminino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira (10), que enviará na sexta-feira…

30 minutos ago

Thiago Silva marca no fim, elimina Bahia e coloca Fluminense na semifinal da Copa do Brasil

Resiliente, o Fluminense batalhou e conseguiu furar a retranca do Bahia nesta quarta-feira, no Maracanã.…

34 minutos ago

Protesto de moradores da Favela do Moinho tem bombas de efeito moral e vias interditadas

Um protesto de moradores da Favela do Moinho, na região central de São Paulo, provocou…

47 minutos ago

This website uses cookies.