Dólar fecha no menor nível em 15 meses após tom diplomático de Trump e Lula


A “excelente química” entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), conforme descrita pelo próprio republicano, foi o fator preponderante para que o real tivesse a melhor performance entre as principais divisas emergentes nesta terça-feira, 23, com o dólar à vista caindo 1,11%, a R$ 5,2791, menor nível de fechamento desde 6 de junho de 2024. Em tese, o tom mais diplomático abre margem para negociações tarifárias, com expectativa de que as autoridades marquem um encontro para a próxima semana.

“A declaração do Trump de uma química com o Lula foi a cereja do bolo para o comportamento do câmbio. Esse tom diplomático e mais amigável reduz qualquer incerteza no mercado e gera otimismo para os dois conversarem sobre o tarifaço”, afirma a gestora de câmbio da Fair Corretora, Glaucy Rosa Lima.

A expectativa de uma reunião entre os presidentes tem respaldo inclusive do Palácio do Planalto, que informou, por meio de assessoria, que “Lula e Trump tiveram um encontro rápido e totalmente amistoso” na ONU e “houve sinalização de conversa entre os dois presidentes na semana que vem”.

A alta de mais de 1% dos contratos futuros de petróleo, em recuperação após quatro sessões negativas, também deu amparo à divisa brasileira.

No pano de fundo, o mercado financeiro observou declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, com os juros dos Treasuries acentuando queda, e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) ainda sem sugerir corte de juros no curto prazo. Assim, há possibilidade de um aumento no diferencial de juros entre EUA e Brasil, o que aumentaria o cupom de risco e, na esteira, valoriza o real, segundo o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.

O presidente do Fed afirmou no início da tarde que houve enfraquecimento significativo do emprego nos EUA e rejeitou interferência política no banco central americano. Já o Copom reconheceu, em ata divulgada nesta manhã, que as medianas do relatório Focus para a inflação têm apresentado um “incipiente movimento de queda”.

Outro destaque da agenda ficou para a arrecadação federal de agosto, que somou R$ 208,791 bilhões, abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de R$ 214,50 bilhões, mas que segundo o analista da área fiscal da Tendências Consultoria, João Leme, não altera o entendimento de que o governo federal conseguirá entregar a faixa inferior da meta fiscal em 2025.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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