Dólar fecha em baixa e volta a R$ 5,66 com ajustes e apoio da valorização do petróleo


Invertendo o comportamento visto pela manhã, o dólar se firmou em baixa ante o real na segunda etapa do pregão desta sexta-feira, 16. O movimento foi atribuído a ajustes – considerando que a divisa americana teve forte valorização na véspera pelo desconforto fiscal -, com desmonte de posições defensivas no mercado futuro e eventual entrada de fluxo estrangeiro. A alta acima de 1% dos contratos futuros de petróleo também proporcionou alívio, apesar do minério de ferro em baixa.

O dólar à vista fechou em queda de 0,16%, a R$ 5,6695. Na semana, contudo, a divisa americana se valorizou 0,26%, com o fiscal doméstico voltando para o radar dos investidores, após trégua nas tarifas por 90 dias entre Estados Unidos e China no fim de semana. Assim, a alta do real no mês foi diluída para 0,13%.

Após máxima intradia a R$ 5,71, o dólar à vista passou a operar perto da estabilidade no início da tarde e, depois, renovou mínima a R$ 5,6615. “Só consigo imaginar que a melhora do câmbio seja uma devolução da piora de ontem e a melhora no petróleo”, comenta o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi.

Os contratos futuros de petróleo recuperaram parte das perdas expressivas registradas nas duas sessões anteriores. Ao longo da semana acumularam ganhos modestos, impulsionados pelo alívio trazido pela trégua comercial entre Estados Unidos e China, que prevaleceu sobre as preocupações relacionadas ao excesso de oferta global da commodity.

Na véspera, o real teve o pior desempenho entre as moedas mais líquidas, penalizado por relatos de que o governo estuda a adoção de um pacote de medidas para impulsionar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive de um reajuste no Bolsa Família a partir de 2026.

Ainda na quinta-feira autoridades em Brasília negaram os relatos, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inclusive dizendo que “não há demanda de espaço fiscal para projetos novos. O orçamento do ano que vem não está sendo discutido. Estamos discutindo o cumprimento da meta fiscal”.

Com isso, “o mercado acaba zerando uma ou outra posição desconfortável, por conta da proteção rápida que tiveram que fazer ontem, a fim de evitar prejuízo”, segundo o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, mencionando a possibilidade de entrada de fluxo estrangeiro nesta sexta-feira.

Apesar da leve recuperação do real, participantes do mercado financeiro frisam que o destaque desta semana ficou para o retorno do risco fiscal. Na próxima quinta-feira, o mercado tende a acompanhar com atenção o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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