O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mencionou nesta segunda-feira, 6, que faz parte do trabalho da autoridade monetária “dizer não” para algumas pessoas importantes. “O Banco Central tem acesso a algumas alavancas que colocam ele nessa posição de muitas vezes ter que dizer não para pessoas bastante importantes”, afirmou Galípolo, ao participar de evento na Fundação FHC, em São Paulo.
Ele destacou que se sentiu “bastante abraçado” pela comunidade de ex-presidentes do BC brasileiro.
“Vocês não sabem o privilégio que é poder passar a mão no telefone e poder ligar para o Armínio Fraga, ex-presidente do BC”, disse Galípolo, dirigindo-se ao próprio Armínio, também presente no evento.
EUA, Trump e dólar como moeda global
No mesmo evento em São Paulo, o presidente do Banco Central disse que a política econômica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma tentativa de resolver o déficit nas transações correntes do país, mas sem que o dólar perca a condição de moeda global.
“Países que detêm a sua moeda como moeda internacional costumam ter déficit em transações correntes”, disse Galípolo, acrescentando que esse também foi um problema enfrentado pela Inglaterra nas primeiras décadas do século 20.
Na avaliação de Galípolo, porém, a situação atual nos EUA é um pouco mais complexa. Ele citou algumas questões históricas, como a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que fez com que produtos mais baratos produzidos em países asiáticos passassem a ser consumidos nos EUA.
“O déficit em transações correntes que os Estados Unidos têm é uma forma de subsídio ao consumo das famílias norte-americanas”, disse Galípolo, acrescentando que hoje as relações sociais e econômicas não se dão mais, necessariamente, em um mesmo espaço nacional. “Isso gera uma complexidade mais ampla”, apontou.
Nesse contexto, Galípolo destacou que a estratégia adotada por Trump parece a de “confinar” o debate à questão do comércio bilateral, sobretudo entre os países com os quais os EUA têm mais déficit comercial. Essa estratégia, acrescentou Galípolo, parece ter sido a escolhida porque, nessas negociações, os EUA teriam mais poder de barganha e, como já há déficit comercial, teriam também mais a ganhar do que a perder.
Por: Estadão Conteúdo
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