Disputa por vagas no STJ e no TSE emperra enquanto Lula escolhe qual aliado vai agradar


A disputa por duas vagas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e uma no Superior Tribunal de Justiça (STJ) emperrou por questões políticas. Para escolher os novos ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai precisar decidir para quais padrinhos dos candidatos vai acenar, e quais serão preteridos.

São três listas tríplices que precisam ser analisadas. No caso do TSE, Lula recebeu os nomes dos candidatos no fim de maio. A situação do STJ é mais delicada: a lista repousa na mesa do presidente desde outubro de 2024.

Uma das vagas do TSE tem candidatos homens e a outra, mulheres. Na primeira lista, o mais cotado é Floriano Marques Neto, que já é ministro do tribunal e seria reconduzido. O apoio de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fez de Marques Neto o principal concorrente.

Na segunda lista, duas candidatas disputam o posto de forma mais acirrada, ambas apoiadas por interlocutores próximos de Lula. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, faz campanha pela advogada Vera Lúcia Araújo, que é ministra substituta do TSE e assumiria uma vaga de titular.

Vera Lúcia também tem o respaldo de uma ala do PT, devido à luta dela pelas minorias racial e de gênero. Recentemente, a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, declarou apoio a Vera. A primeira-dama, Janja da Silva, também é partidária da candidatura.

De outro lado, Flávio Dino, do STF, faz campanha pela advogada Estela Aranha. Ela foi secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça quando Dino comandava a pasta. Ela deixou o cargo na gestão Lewandowski e foi assessora especial de Lula por poucos meses. A advogada também tem o apoio da ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais.

A briga também é delicada para a vaga do STJ. Segundo interlocutores do presidente, ele quer nomear a procuradora Maria Marluce, de Alagoas. A condição é que o sobrinho dela, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, conhecido como JHC, deixe o PL de Jair Bolsonaro e ingresse na base aliada de Lula.

As negociações políticas em torno dessa mudança dependem do diálogo com políticos locais: o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL). A ideia do governo Lula é que dois aliados se lancem ao Senado em 2026. Se JHC concordar, um dos dois caciques precisarão deixar a disputa, ou concorrer ao Senado como oposição a Lula.

Diante do jogo político intrincado, não há previsão de quando Lula vai nomear os novos ministros do Judiciário.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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