O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, celebrado em 13 de dezembro, é uma oportunidade para ampliar o debate sobre valorização, protagonismo e garantia de direitos das pessoas cegas ou com baixa visão. A data convida a sociedade a pensar além das limitações e reconhecer capacidades, trajetórias e conquistas — um caminho que exige compromisso coletivo, investimento público e mudança de percepções.
De acordo com dados preliminares do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2025, o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Entre elas, 7,9 milhões relatam ter dificuldade de enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes. Esse número expressivo evidencia que a deficiência visual é uma condição presente na vida de muitos brasileiros, reforçando a urgência de políticas que promovam autonomia, acesso e participação plena.
Organizações dedicadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual desempenham papel essencial ao ampliar o acesso à educação inclusiva, tecnologias assistivas, qualificação profissional e apoio às famílias. A Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual integra esse movimento, atuando há mais de três décadas em iniciativas que fortalecem autonomia, participação social e construção de políticas públicas.
Para Beto Pereira, especialista em tecnologia assistiva e analista de relações institucionais da Laramara e pessoa cega, o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual é mais que uma lembrança no calendário: é um chamado à responsabilidade social.
“Os últimos dados da pesquisa [do IBGE] mostram que somos 7 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil. Para nós, esse número não é uma simples estatística; representa vidas, sonhos, talentos. Por isso, defender nossos direitos é defender o direito à dignidade e à cidadania”.
Beto Pereira reforça ainda que a valorização não se limita a reconhecer a existência da deficiência, mas pressupõe olhar para as especificidades e potencialidades que cada pessoa carrega. “Quando falamos de valorização, não estamos tratando apenas de inclusão simbólica, mas, sim, de garantir acesso à educação, ao trabalho, à cultura, à informação e à participação plena na sociedade, com respeito à diversidade e ao protagonismo”, explica.
Esse conjunto de ações reflete uma compreensão ampliada de inclusão, que envolve garantir oportunidades reais para que crianças, jovens e adultos com deficiência visual desenvolvam suas habilidades, ampliem sua independência e construam projetos de vida possíveis e diversos.
“Muitos nos veem como alguém à margem. Mas a verdade é que carregamos capacidades, experiências e potencialidades únicas. Instituições como a Laramara existe justamente para assegurar que essas pessoas sejam reconhecidas por quem realmente são”, conclui Beto Pereira.
Por Denyze Moreira
Fonte: Portal EdiCase
O Natal pede mesa farta, aconchego e aquele toque doce que faz todo mundo sorrir.…
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Paraúna, com apoio do Grupo…
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Polícia de Planaltina e do…
Em busca da classificação para a decisão da Copa Intercontinental de clubes da Fifa, o…
Santa Luzia foi uma mártir cristã que viveu no início do século IV, durante o…
O céu deste sábado tenderá a impulsionar movimentos que influenciarão cada signo de maneira singular,…
This website uses cookies.