Desembargadora aponta falta de provas e solta ex-deputado suspeito de estuprar filha,diz defesa


A desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou, na sexta-feira, 3, a liberação do médico e ex-deputado estadual por Goiás Iram de Almeida Saraiva Júnior.

Ele foi preso na quarta, 1º, sob suspeita de estuprar a própria filha, de 2 anos. Iram Junior foi solto ainda na sexta. Ele nega veementemente ter praticado o crime e diz ser vítima de grave acusação falsa.

O processo judicial tramita em sigilo e todas as informações sobre a soltura do ex-deputado foram repassadas pelo advogado dele, Alexandre Mallet.

De acordo com nota divulgada pela defesa, a desembargadora que concedeu a liminar em um pedido de habeas corpus entendeu que “até aqui não há prova da existência do crime nem indício suficiente de autoria”.

A prisão, realizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde o médico mora, ocorreu após uma investigação de seis meses feita pela Polícia Civil.

Segundo informações policiais, agentes coletaram e analisaram depoimentos de testemunhas, além de relatórios de um pediatra e de um psicólogo. Um relato da criança também foi levado em conta.

A polícia também tinha o celular do médico Iram Saraiva Junior, recolhido após ordem para busca e apreensão.

A defesa do médico, liderada por Alexandre Mallet, afirma que ele é “vítima de uma grave acusação falsa que abalou profundamente a sua honra.”

O advogado disse ainda que, ao final do processo, a inocência de Iram Saraiva Junior será definitivamente reconhecida.

“A liberdade de Iram representa uma grande vitória dos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade humana”, destacou.

Em nota divulgada no dia da prisão, a defesa do ex-deputado afirmou que Iram foi acusado por sua ex-esposa de ter transmitido herpes para sua filha e, por isso, submeteu-se voluntariamente a exames laboratoriais, que comprovaram não ser portador do vírus.

“O laudo do exame de corpo de delito realizado na menor não apontou qualquer indício de violência. Além disso, Iram entregou as senhas de todos os seus dispositivos eletrônicos, nos quais nada de ilícito foi encontrado”, frisou.

Saraiva Junior foi deputado estadual por dois mandatos consecutivos, de 1999 a 2007. Antes, elegeu-se vereador de Goiânia, pelo MDB, em 1996.

Ele é filho de Iram de Almeida Saraiva, que foi presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), senador, deputado federal, deputado estadual e vereador. O pai faleceu em 2020.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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