Deputado bolsonarista diz que EUA deveriam dar ‘olhadinha’ no ator Wagner Moura


O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez uma publicação em seu perfil no X (antigo Twitter) em que sugere ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, dar “olhadinha” no ator Wagner Moura, a quem chamou de “extremista”. Na mensagem publicada na noite de domingo, 14, Gayer acusa o ator de atacar o presidente americano Donald Trump e apoiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerado pelo governo dos EUA como “violador de direitos humanos”.

“Esse cara está morando nos EUA e continua apoiando Moraes, atacando TRUMP e dizendo que os EUA agora é uma ditadura. Acho que vale a pena dar uma olhadinha nesse EXTREMISTA @DeputySecState @SecRubio”, escreveu o deputado. Wagner Moura, que vive nos Estados Unidos com a família há sete anos, é protagonista do filme O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, que tem como pano de fundo a ditadura militar no Brasil e foi escolhido para representar o País no Oscar 2026. O ator ganhou o prêmio de melhor ator do Festival de Cannes neste ano, primeira vez na história da categoria que um brasileiro foi premiado.

A mensagem do deputado foi publicada com o link para a entrevista do ator para a BBC News Brasil, em que o brasileiro fala que sentiu certa “inveja” vinda dos americanos quando o filme foi exibido em festivais pelo país. “A gente está hoje vendo as instituições funcionando, vendo um crime contra a democracia sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal, enquanto que nos festivais norte-americanos pelos quais o filme passou, a gente sentia uma certa tristeza dos americanos, quase uma inveja”, disse na entrevista.

A comparação entre o julgamento que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por golpe de Estado e a falta de respostas da Justiça americana contra o ataque ao Capitólio em 2022 também é feita pela imprensa internacional. Dias antes do início do julgamento no STF, a revista britânica The Economist afirmou que Brasil estava dando “lição de maturidade democrática”, com uma imagem do ex-presidente vestido de “Viking do Capitólio”, símbolo do ataque à sede do Poder Legislativo do país.

Na mesma reportagem, Moura também tece críticas a política anti-imigração de Trump e afirma que período em que filme foi realizado, entre 2018 e 2022, foi marcado por “momento difícil para artistas, universidades e imprensa brasileiras”, nos anos do governo Bolsonaro.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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