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Dengue: MS recomenda remanejar doses da vacina a municípios não contemplados ou ampliar faixas etárias

O Ministério da  Saúde (MS) publicou uma nota técnica na última sexta-feira (14) com orientações do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI/SVSA/MS) sobre medidas que deverão ser adotadas para otimizar o uso das doses de vacina contra a dengue em todo o país. A recomendação é remanejar doses da vacina a municípios ainda não contemplados com doses ou ampliação a faixas etárias que ainda não foram selecionadas – seguindo critérios de validade dos imunizantes. 

Confira a recomendação do MS:

Vacinas com validade em até dois meses: remanejar as doses para municípios ainda não contemplados pela vacinação contra a dengue ou ampliar a faixa etária para a vacinação, contemplando pessoas de 6 a 16 anos de idade.

Vacinas com validade em até um mês: a estratégia de imunização poderá ser expandida até o limite de idade especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa de 4 a 59 anos, 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município. 

O MS informou ao Brasil 61, em nota, que o remanejamento de doses do imunizante é de responsabilidade dos estados.

“A decisão sobre o remanejamento das vacinas contra a dengue – com curto prazo de validade – dos municípios já contemplados para aqueles ainda não contemplados pelo imunizante é de responsabilidade dos estados”, destaca um trecho da nota.

Critérios de expansão da faixa etária

O documento aponta que a expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada estado e município. Além disso, o MS deve ser informado pelas unidades federativas sobre a implementação da estratégia. 

Todas as doses administradas devem ser registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) para garantir a segunda dose e o monitoramento completo do processo de imunização dos brasileiros, conforme a recomendação do MS.

A nota técnica menciona que a recomendação é uma estratégia temporária para vacinação contra a dengue das doses remanescentes com validade até os próximos dois meses.

Em nota ao Brasil 61, a pasta da Saúde ressaltou o caráter temporário da medida e o intuito de evitar desperdício de doses e garantir a proteção da população. 

“A recente recomendação do Ministério da Saúde aos estados e municípios […] é temporária e tem como objetivo otimizar o uso das vacinas disponíveis, evitando desperdícios”, diz um trecho da nota.

“A medida busca ampliar o acesso à vacinação dentro dos prazos adequados, garantindo a eficácia e a segurança dos imunizantes”, completa a Pasta, em nota.

Dados de imunização no país

O MS informou ao Brasil 61 que desde o início da estratégia de vacinação contra a dengue até o último dia 10, a Pasta distribuiu mais de 6,5 milhões de doses da vacina. Dessas, mais de 3,3 milhões foram aplicadas, o que corresponde a 50,82% do total.

“Até o momento, mais de 2,3 milhões de crianças e adolescentes receberam a primeira dose da vacina, e 955.106 já completaram o esquema vacinal com a segunda dose”, afirma o Ministério.

Situação epidemiológica de dengue no Brasil

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do MS atualizados dia 17/02, com informações até 15/02, apontam que este ano o Brasil já registrou 324.798 casos prováveis de dengue. Houve 126 óbitos pela doença e há 309 mortes sendo investigadas. 

São Paulo lidera em número de casos graves da doença, com 2.035 e 99 óbitos. Até agora, o estado registrou 190.530 casos prováveis de dengue. Além disso, possui o segundo maior coeficiente de incidência da dengue por 100 mil habitantes, de 414,4.

Acre possui o maior coeficiente de incidência da doença no país, sendo 595,3. Porém, o estado possui 5.242 casos prováveis e dois óbitos. 

Minas Gerais ocupa a segunda posição em relação ao número de casos prováveis em 2025, com 35.734 registros. Com coeficiente de 167,6, o estado mineiro registrou quatro mortes por dengue até agora. 

Já Goiás é a terceira unidade da federação com mais casos prováveis de dengue este ano, totalizando 17.492. O coeficiente de incidência está em 238 a cada 100 mil habitantes, sendo o quarto maior do país. O território goiano também ocupa o segundo lugar em casos graves de dengue, com 502 registros. Além disso, também atrás de São Paulo com relação às mortes por dengue, com cinco óbitos confirmados e 27 em investigação.
 

Brasil 61

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