A defesa do jogador Dudu, do Atlético-MG, manifestou-se duramente em relação à decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tomada na última sexta-feira em que o atleta foi suspenso por 6 jogos, além de pagar uma multa de R$ 90 mil. Com isso, o atacante não jogou contra o Palmeiras, neste domingo, em partida válida pela 15ª rodada do Brasileirão.
Dudu, que deixou o clube alviverde após o Brasileirão de 2024 rumo ao Cruzeiro, arrumou briga com a presidente Leila Pereira. Em publicação nas redes sociais, ao lado de diversos troféus, ele criticou a empresária palmeirense e finalizou com “Me esquece VTNC”.
A mandatária abriu um processo contra o ex-jogador em que o acusa de misoginia. Segundo ela, o atacante do Atlético-MG só se manifestou de tal forma pelo fato dela ser mulher. O STJD decidiu a favor de Leila, o que não agradou nem um pouco à defesa de Dudu. O estafe jurídico do atleta se manifestou citando parcialidade nas decisões através de pronunciamento oficial.
A decisão, proferida por unanimidade pela 5ª Comissão Disciplinar, é em primeira instância e cabe recurso ao Pleno do STJD. O atleta foi denunciado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que fala sobre punição a quem praticar ato discriminatório.
No julgamento realizado na manhã de sexta-feira, apenas Leila esteve presente. “A punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva é histórica e representa uma vitória para todas nós, mulheres, que somos covardemente agredidas e desqualificadas todos os dias”, celebrou a presidente do Palmeiras.
“Esta pena tem caráter pedagógico, pois passa um recado claro para o mundo do futebol e toda a sociedade: a violência contra a mulher é inaceitável e tem de ser coibida com punições rigorosas. Nós não vamos nos calar”, acrescentou.
O QUE DIZ A DEFESA DE DUDU
A defesa do atleta mostrou indignação em relação à decisão. “É mais do que uma omissão: é sintoma claro de interferência e ausência de isenção”, diz o comunicado oficial em determinado trecho, referindo-se a uma foto de Renata Mendonça, auditora do STJD, que teve participação no julgamento, ao lado das advogadas Danielle Maiolini e Valentina Kalaf, representantes de Leila.
A equipe de advogados de Dudu ainda entrou com efeito suspensivo, para que o jogador pudesse estar em campo no Allianz Parque neste domingo. Porém, não obteve resposta a tempo.
A reportagem do Estadão procurou o STJD em razão das declarações da defesa de Dudu, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto.
Confira, abaixo, o pronunciamento oficial completo da defesa de Dudu:
O recurso foi apresentado com pedido de efeito suspensivo há mais de 48 horas – e até agora, nenhuma decisão. Essa demora não tem precedente.
É mais do que uma omissão: é sintoma claro de interferência e ausência de isenção. O que agrava ainda mais a situação é a foto publicada no dia do julgamento, em que aparece a auditora do STJD que integrou o colegiado, ao lado das advogadas da presidente do Palmeiras – parte diretamente interessada no resultado.
O slogan estampado? “Mulheres ocupando espaços no esporte e no mundo.”
Quando o julgamento trata justamente de um caso que envolve narrativa de gênero, e o discurso público das julgadoras ecoa o da acusação, a imparcialidade desaparece. A verdade é que há processo cível e criminal em curso, pelas duas partes.
O caso nem sequer deveria ser decidido no STJD porque tudo ocorreu extra campo e entre pessoas físicas – tanto é que ação ajuizada pela Leila foi pelo CPF dela e não CNPJ do clube. Mas o que se viu foi uma condenação construída num ambiente simbólico incompatível com a Justiça – e um efeito suspensivo inexplicavelmente parado.
Com isso Dudu não irá jogar. Jogo de Cartas Marcadas. Essa imagem é mais do que uma foto. É a afronta ao devido processo legal, à defesa e à integridade do futebol brasileiro. Causa indignação!
Por: Estadão Conteúdo
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