O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, nesta segunda-feira (29), que os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostram uma desaceleração no mercado de trabalho. Ele conversou com jornalistas no Ministério da Fazenda depois da divulgação do Resultado Fiscal do Governo Central.
“Na arrecadação, isso reflete a desaceleração da economia. Hoje saíram dados do Caged que mostram fortemente uma desaceleração também no mercado de trabalho”, afirmou.
O Brasil abriu 147,3 mil vagas formais de emprego em agosto, mas foi o pior resultado para o mês em toda a série histórica.
Meta fiscal
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou também que a Advocacia-Geral da União (AGU) analisa juridicamente a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o cumprimento da meta fiscal. Na semana passada, a Corte decidiu que a adoção do limite inferior do intervalo de tolerância para o resultado primário anual, em substituição ao centro da meta, é incompatível com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“A AGU está liderando esse processo de análise, em conjunto com a PGFN, está conduzindo um processo de recurso ao TCU”, disse ele a jornalistas.
Questionado sobre se o governo pretende adotar alguma medida prudencial até fim de 2025 e já de olho em 2026, caso a Corte de Contas mantenha a decisão de que é preciso seguir o centro da meta, ele afirmou que estão sendo garantidas medidas para que não haja uma surpresa futuramente. “Esse cuidado está sendo tomado pela AGU para não trazer surpresa nem para o governo nem para os gestores”. O secretário não entrou em detalhes sobre as medidas, afirmando que isso compete à AGU.
“É um processo natural ter um recurso. Tem espaço ainda para um diálogo e para uma solução, mas neste momento precisamos deixar a AGU fazer o seu trabalho e vamos aguardar”, finalizou.
Por: Estadão Conteúdo