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Cresce o número de internações de crianças por síndrome respiratória aguda grave, diz Fiocruz


As hospitalizações de crianças pequenas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tiveram um aumento em vários Estados do País, de acordo com o Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 3.

O painel considera dados referentes ao período de 23 a 29 de março e indica que a alta está possivelmente associada ao vírus sincicial respiratório (VSR).

Segundo o boletim, 10 Estados e o Distrito Federal apresentaram níveis de incidência de SRAG em alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas e possuem tendência de crescimento. São eles: Acre, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima.

Amazonas, Mato Grosso, Tocantins e Sergipe também apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco, mas com sinal de estabilização no longo prazo.

Com relação às capitais, 12 apresentaram níveis alarmantes de SRAG com tendência de crescimento: Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Florianópolis, Macapá, Palmas, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís e Vitória.

O boletim também destaca a manutenção do crescimento de casos de hospitalizações por SRAG em crianças de até 2 anos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

A SRAG é uma complicação respiratória causada pelo agravamento de alguma infecção viral. O quadro afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, como baixa saturação, calafrios e dificuldade para respirar.

Diante do aumento de hospitalizações, o recomendado é usar máscaras N95 ou PFF2 quando sintomas de gripe ou resfriado aparecerem. Também é indicado usar o equipamento de proteção dentro de unidades de saúde, onde há uma maior exposição aos vírus.

Rinovírus e influenza

Outro vírus que tem circulado bastante, principalmente no Norte e Centro-Oeste, é o rinovírus. Os principais afetados são crianças e adolescentes com idades entre 2 e 14 anos.

O boletim não registrou um aumento no número de casos graves relacionados ao vírus influenza, causador da gripe. Mas é provável que ocorra um crescimento nas próximas semanas. A Fiocruz recomenda que todas as pessoas, principalmente aquelas que integram o grupo de risco, estejam em dia com a vacinação – em São Paulo, a campanha contra gripe já começou e as doses estão disponíveis nos postos de saúde.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência foi de 45,2% de casos positivos para VSR, 34,4% de rinovírus, 7,9% de influenza A, 1,9% de influenza B e 14,2% de Sars-CoV-2 (causador da covid-19). Quanto aos óbitos, a prevalência foi de 3,6% de VSR, 14% de rinovírus, 10,9% de influenza A, 2,1% de influenza B e 62,7% de Sars-CoV-2.

VSR e rinovírus

O VSR é um dos principais causadores de bronquiolite, uma infecção viral aguda que afeta os bronquíolos, pequenas ramificações nos pulmões.

No início, o vírus pode provocar sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, como tosse, dor de cabeça e coriza. Com o tempo, ele alcança as vias aéreas inferiores e passa a causar sintomas respiratórios mais graves, como a bronquiolite.

A doença provoca inflamação e acúmulo de muco, dificultando a respiração. Conforme progride, surgem sinais como respiração acelerada, chiado no peito e agravamento da tosse. Em casos mais severos, ela pode evoluir para insuficiência respiratória e levar à morte.

Já o rinovírus é o agente viral mais comumente associado a infecções no trato respiratório. De fácil transmissão, é responsável pela maioria dos resfriados e costuma circular durante todo o ano, com maior incidência na primavera.

O vírus não costuma provocar complicações, mas em pacientes com comorbidades, especialmente crianças pequenas, pode evoluir para quadros mais graves.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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