A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), através do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), cumpriu 10 mandados de busca e 16 de prisão em Goiânia, Senador Canedo, Goianira e Bonfinópolis, nesta terça-feira, 30. Ao todo, atuaram na operação cerca de 110 policiais da DEIC e outras delegacias.

Em março de 2021, a PCGO recebeu um Boletim de Ocorrência da Polícia Civil de São Paulo para apurar uma modalidade de Estelionato Eletrônico, conhecida popularmente como "golpe do novo número". A vítima foi uma mulher e ela teve prejuízo de mais de R$ 115 mil quando um suspeito, se passando pelo filho dela, fez contato pelo aplicativo whatsapp.

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O farsante informou possuir um novo número e passar por problemas no pagamento de quantias que chegavam ao valor citado, as quais seriam destinadas a uma surpresa, que seria a compra de um apartamento. Ludibriada, a mulher fez cinco transferências para a conta dos suspeitos, consumando-se o crime de Estelionato Eletrônico.

No segundo semestre de 2021, a Polícia Civil de Goiás desencadeou a primeira fase desta Operação, prendendo os cinco beneficiários das transferências. A estratégia de pedir dinheiro para uma surpresa, empregada no modus operandi dos criminosos, deu o nome à operação, pois, Mirum significa surpresa em latim.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, William Bretz, parte da associação criminosa, alvo das investigações, foi desmontada. “As investigações apontam a participação de homens e mulheres nos golpes e vamos continuar levantando mais suspeitos e vítimas da associação criminosa em questão”, disse.

O delegado orienta também que as vítimas do mesmo golpe, procurem a delegacia mais próxima e apresentem os comprovantes de transferência de dinheiro. “É fundamental que as vítimas denunciem os casos na delegacia mais próxima com os comprovantes para que a gente consiga chegar nos alvos, como na operação de hoje”, afirma o delegado.

Para prevenir casos como esse, o delegado recomenda que as pessoas liguem para o número que está solicitando o valor e se certifiquem do parentesco alegado, antes de fazer qualquer transferência.

As investigações
Após a prisão dos cinco beneficiários, no ano passado, as investigações prosseguiram. Foram identificadas mais duas vítimas e mais 24 pessoas suspeitas de envolvimento nos golpes. Os mandados de prisão temporária foram decretados e 22 deles estão em vias de serem cumpridos pelos mais de 100 policiais empenhados na Operação.

Durante o cumprimento dos mandados, houve a prisão em flagrante de um destes suspeitos por tráfico de drogas, cuja confecção segue em andamento neste momento na DEIC.

Os investigados respondem por diversos estelionatos cuja pena, de cada um dos crimes, chega a cinco anos; além de associação criminosa, com pena de três anos e, eventualmente, poderão responder também por lavagem de capitais, cuja pena chega a 10 anos. Segundo o delegado responsável pelo caso as investigações continuam no sentido de encontrar mais pessoas envolvidas no esquema e mais vítimas que tenham sido prejudicadas pela associação criminosa.



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