Cosan fecha aporte de R$ 10 bi de fundos do BTG e da Perfin


Fundos do BTG Pactual e a empresa de investimentos Perfin irão fazer um aporte de R$ 10 bilhões na Cosan. Dona da Raízen, da Rumo Logística e da empresa de gás Compass, entre outros negócios, a Cosan vinha sofrendo com o alto endividamento. No fim do ano passado, a empresa tinha dívidas de R$ 23,5 bilhões e registrou prejuízo de R$ 9,4 bilhões, para uma receita anual de R$ 44 bilhões.

Após reestruturar diferentes negócios, o anúncio deste domingo reduz o endividamento consideravelmente. As negociações foram noticiadas pelo Estadão/Broadcast. “A operação tem como objetivo aprimorar a estrutura de capital, dando continuidade aos processos de desalavancagem, fortalecimento da governança e otimização contínua de custos”, afirmou a empresa, em nota.

Os novos sócios, conhecidos por terem capacidade de investimento e “alinhados com o longo prazo”, entram no negócio por meio de uma oferta primária de ações. O controlador, Rubens Ometto, permanece como sócio majoritário, com 50,01% de participação nas ações ordinárias, e mantém sua posição como presidente do conselho.

Já BTG e Perfin ingressam com participação combinada de 49,99%. Os três sócios firmaram acordo de acionistas e em conjunto passam a deter 55% do capital social da Cosan. Para Ometto, a transação “mostra nossa capacidade de se readaptar e a nossa preocupação com a perenidade do grupo.”

“A Cosan tem um histórico de parcerias bem-sucedidas, que foram fundamentais para o seu crescimento ao longo do tempo”, afirmou Ometto, em nota. “Estou certo de que este movimento vai reforçar essa trajetória. Ter o BTG e a Perfin como sócios me dá grande satisfação e a segurança de que estaremos bem-posicionados ao longo dos próximos anos para seguirmos investindo no desenvolvimento do país.”

Pelo acordo, os controladores, os family offices Aguassanta e Queluz, ligados à família Ometto, e os veículos de investimento do BTG e da Perfin colocarão R$ 7,25 bilhões a um preço por ação de R$ 5. Haverá ainda uma outra oferta, de R$ 1,8 bilhão, cujo valor das ações será conhecido em 30 de outubro. Os acionistas que aderirem a essa oferta não poderão vender metade das ações compradas por dois anos.

A empresa afirmou ainda que os recursos serão usados apenas “para renegociação e repagamento de suas dívidas financeiras, de forma a efetivamente reduzir a sua alavancagem financeira”. “Estamos seguros da nossa decisão de capitalizar a companhia neste momento, o que nos dará condições de aliar desalavancagem com a retomada da trajetória de crescimento da Cosan”, afirmou Marcelo Martins, CEO da Cosan, também em nota.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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