Corte de juros deveria ser de 50 pontos-base, mas provavelmente será de 25, diz diretor do Fed


O diretor do Federal Reserve (Fed) Stephen Miran afirmou que a resiliência da economia americana no próximo ano dependerá diretamente de como as tensões comerciais entre Estados Unidos e China será resolvida e da trajetória da política monetária, em entrevista à Fox Business na manhã desta quinta-feira.

Miran disse projetar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 2% neste ano, com a atividade mantendo a força em 2026. Mas, segundo ele, as tensões entre EUA e China trouxeram novamente incertezas para a economia que haviam sido dissipadas. “As negociações podem ocorrer rapidamente ou lentamente e isso definirá o tamanho do crescimento do PIB no ano que vem”, afirmou, ponderando que, quanto mais rápido o acordo, mais forte será o desempenho da economia.

O diretor também vê influência direta do Fed nas perspectivas para o crescimento econômico dos EUA. Na visão dele, os juros precisam ser ajustados rapidamente para um nível apropriado para sustentar a resiliência da economia. Sobre a reunião de outubro, Miran afirmou que os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, em inglês) deveriam reduzir as taxas em 50 pontos-base (pb), mas provavelmente devem optar por corte menor, de 25 pb.

Miran ponderou que a política monetária está demasiadamente restritiva, considerando que o nível neutro dos juros pode ter caído desde a restrição em políticas de imigração. O dirigente também vê maiores ganhos de produtividade na economia com a implementação da inteligência artificial (IA) e aumento em investimentos na indústria de tecnologia, particularmente para construção de data centers.

“Mas é cedo para dizer como isso está afetando o mercado de trabalho, porque cada emprego apagado pela IA pode gerar novos em outras funções”, disse.

Sobre ajustes no balanço patrimonial, Miran defendeu que o BC americano deveria pausar a redução de títulos até que as novas regulações bancárias sejam definidas. De acordo com ele, o tamanho do balanço deve ser correspondente ao tamanho do sistema bancário nos EUA, o que só será determinado após a aprovação das regras de capital.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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