O Corinthians sofreu mais uma condenação na Fifa, desta vez por causa de uma dívida de R$ 6,25 milhões com o Midtjylland, da Dinamarca, referente à compra do volante Charles. O clube dinamarquês acionou a entidade máxima do futebol porque não recebeu a última de três parcelas combinadas com os corintianos, que recorreram à Corte Arbitral do Esporte.
Com isso, a diretoria alvinegra soma R$ 126,25 milhões em condenações e continua com a possibilidade de agravamento do transfer ban no horizonte.
O acordo entre os clubes previa o pagamento de 400 mil euros (R$ 2,5 milhões) em até cinco dias após a assinatura do contrato, mais 400 mil euros (R$ 2,5 milhões) em 20 de agosto de 2024 e 800 mil euros (R$ 5 milhões) em 15 de março de 2025. As duas primeiras foram pagas no prazo, mas a última não.
Ao valor da parcela que não foi paga já foram acrescidos 200 mil euros (R$ 1,25 milhão) de multa, por isso a quantia devida pelo Corinthians já é de no mínimo R$ 6,25 milhões. Também estão previstos juros de R$ 12% ao ano.
A condenação pela dívida com os dinamarqueses vem uma semana depois de a Fifa condenar o clube a pagar a US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 8 milhões na cotação atual) pela contratação do volante venezuelano José Martínez.
Ainda na gestão Augusto Melo, o clube selou o acordo com o time dos Estados Unidos por US$ 1,7 milhão, pagando US$ 200 mil no ato da transferência. As demais parcelas seriam pagas em outros três momentos, mas não houve o depósito.
O Corinthians entrou com recuso no CAS em todas as condenações. Dois destes (Rojas e Santos Laguna) já tiveram uma resposta negativa para o clube. No caso de Félix Torres, ao não arcar com a dívida, sofre com o transfer ban, em vigor desde agosto e que impediu de fazer novas contratações, além do atacante Vitinho, na última janela de transferências.
A punição ainda se estenderá pelas próximas duas janelas de transferência, caso o Corinthians não envie os valores ao clube mexicano. O mesmo pode ocorrer com o meia paraguaio, caso não arque com os valores devidos em um prazo de 45 dias. Nesse cenário, um novo transfer ban entraria em vigor no sistema da Fifa, por outras três janelas, individualmente.
Reincidências podem resultar em agravamento de punição. Segundo a Fifa, a reincidência é “circunstância agravante e levará a uma penalidade mais severa”. Entre essas possibilidades, em que o Corinthians permaneça sem arcar com esse débito, existe o transfer ban fixo, em que ele permanecerá vigente até que haja o pagamento, em vez de três janelas – como ocorre atualmente -, e até, em casos mais graves, perda de pontos.
Essa perda de pontos já ocorreu no futebol brasileiro. Em 2020, no primeiro ano na Série B, o Cruzeiro iniciou o campeonato na lanterna, por valores devidos ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do volante Denílson, que se deu em 2016. O caso não coube recurso e afetou o clube na competição. À época, cogitou-se até a possibilidade de um rebaixamento à Série C, se a dívida persistisse.
O Corinthians negocia modelos de pagamento com Rojas e o Santos Laguna. No caso com Félix Torres, a diretoria alvinegra não conseguiu um acordo direto com o clube mexicano, mas tem a Fifa como intermediadora em tratativas para tentar diminuir o valor a ser pago. A última de três propostas negadas foi para pagar 70% do valor total, que inclui 18% de juros sobre os R$ 33 milhões da condenação. Ou seja, a dívida real é de R$ 40 milhões e o Corinthians tentou diminuí-la para R$ 28 milhões. O clube mexicano, contudo, aceita reduzir apenas para 90%, o que daria R$ 36 milhões.
AS DEMAIS CONDENAÇÕES DO CORINTHIANS NA FIFA SÃO AS SEGUINTES:
Santos Laguna: cerca R$ 40 milhões pela contratação do equatoriano Félix Torres;
Matías Rojas: R$ 41 milhões ao meia paraguaio pela rescisão do contrato após atraso nos vencimentos;
Talleres: US$ 4.334.400 (R$ 23,35 milhões) pela contratação de Rodrigo Garro;
Shakthar Donetsk: 1,075 milhão de euros (R$ 6,76 milhões) pelo empréstimo de Maycon.
Por: Estadão Conteúdo
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